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Cinema

Aparecida do Brasil | O documentário que é reportagem sobre a imagem da santa

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Aparecida do Brasil

Aparecida do Brasil é um documentário que explica a história da imagem que virou símbolo de fé, de um povo, de um país. Fiquei ali vendo e viajando em como três pescadores encontraram o corpo e depois a cabeça da santa. A partir dali os milagres começaram. O filme não foca neles, mas sim em como a imagem de apenas 36 centímetros foi para casa de um pescador. Depois para uma simples capelinha, e, em seguida, tudo foi crescendo ao redor, até virar um dos maiores santuários católicos do mundo. Porém, a imagem não encerra seu conceito como um emblema do catolicismo. Tornou-se a marca de uma fé maior. Os historiadores explicam, inclusive o ateu Leandro Karnal, como isso se formou.

O santuário recebe 12 milhões de fieis por ano. 12 milhões! É muita gente. Segundo as fontes, a imagem era branca, mas com o passar do tempo, ficou negra, a santa negra. É interessante ver a tentativa dos investigadores de descobrir quem esculpiu e quem jogou nas águas. Em verdade, nem parece muito um documentário, mas um daqueles programas de televisão de reportagem sobre um tema específico. Contudo, é um documentário feito em parceria com a History Channel. O jornalista Rodrigo Alvarez é o guia que apresenta essa investigação profunda. Claro que temos depoimentos de padres e devotos. A emoção de muitos deles chega a ser tocante.

Drama

Aparecida do Brasil também tem drama. O momento em que um extremista quebrou a imagem, em maio de 1978. A reconstituição faz até parecer que ele estava possuído por uma raiva inexplicável ou algo além… A partir daí conhecemos Maria Helena Chartuni, a mulher que recebeu a missão de restaurar e reunir os 200 pedaços. Em apenas três meses, ela conseguiu. Até o fim da vida dará entrevistas sobre essa missão que recebeu. Imagina só a responsabilidade.

O mais impressionante do filme é perceber essa devoção, essa crença inabalável. Os romeiros que caminham pela via Dutra, num ato de fé doloroso; as celebridades agradecidas pelo que alcançaram. O final emociona e faz pensar exatamente nessa tal fé; sua importância e sua união com a arte e a música. Em especial, “Romaria”, de Renato Teixeira, é o hino de um povo. Uma canção que toca fundo passando pela melancolia de uma caminhada no vale de lágrimas da vida. Um poema sobre caipiras, piras, poras, de Nossa Senhora de Aparecida, uma mãe tão querida e terna, que parece dar as mãos a quem pede e, que assim, nunca se perde.

A saber, o filme vai ao ar no domingo (31/05), às 19h30, na TV Aparecida.

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Enfim, veja o trailer:

Cinema

Museu do Amanhã exibirá filmes da Mostra Ecofalante de Cinema durante a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente 2023

Serão 10 filmes do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais

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Aguas Do Pastaza ecofalante 2023 SEMEIA

Como parte da programação da SEMEIA, a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, o equipamento cultural exibirá 10 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.

A princípio, as sessões acontecerão entre os dias 6 e 9 de junho e contarão com acessibilidade para pessoas surdas. No dia 7, uma das produções contará também com Closed Caption e, no dia 8 de junho, no feriado de Corpus Christi, a exibição terá, ainda, com Closed Caption, audiodescrição e Libras.

Destaques

A programação da mostra abre no dia 6 de junho com o filme “Águas do Pastaza”, sobre a comunidade Suwa, localizada na fronteira entre o Equador e o Peru.

No dia 7, os curtas “Dia de Pesca e de Pescador” e “Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada” falam sobre como o brincar está inserido no dia a dia das crianças indígenas e como o cotidiano dessas comunidades se reproduzem de forma lúdica.

“Crescer onde nasce o sol” se passa numa comunidade onde o brincar parece não ter lugar e este ato se torna quase uma ação de resistência pelas crianças que, brincando, sonham com um futuro melhor. Por fim, “Aurora, a Rua que Queria Ser Rio” traz a história de um rio reprimido e canalizado para dar lugar ao “progresso”.

No dia 8 de junho, o documentário “Mata” abordará a resistência de um agricultor e uma comunidade indígena diante do avanço das plantações de eucalipto. A sessão será a única com Closed Caption, audiodescrição e Libras. Para encerrar, o último dia abre com “Borboletas de Arabuko”, que retrata o ofício de cultivadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Em seguida, “Movimento das Mulheres Yarang” documentou a história de um grupo de mulheres do povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. Por fim, “Meu Arado, Feminino”, destaca a pluralidade feminina do campo e seu elo com a natureza.

SEMEIA

De 5 a 11 de junho, a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, trará uma programação com rodas de conversa, oficinas, filmes, ativações artísticas e shows. Afinal, o objetivo é promover trocas e aprofundamentos sobre temas como preservação da água, saberes tradicionais, soberania alimentar, crise climática, direito à informação e cooperação para a sustentabilidade. Todas as atividades são gratuitas e algumas precisam de inscrição antecipada porque estão sujeitas a lotação.

Em seguida, confira a programação da Mostra Ecofalante durante a SEMEIA:

6 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Filme Águas de Pastaza (Inês T. Alves, Portugal, 60′, 2022) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

7 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Dia de Pesca e de Pescador (Mari Corrêa, Brasil, 2015, 3′) *com Libras

Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada (Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro, Veronica Monachini, Brasil, 2016, 19′) *com Libras

Crescer onde nasce o sol (Xulia Doxágui, 2021, Brasil, 13′)*com Libras e Closed Caption

Aurora, a Rua que Queria Ser um Rio (Redhi Meron, 2021, Brasil, 10′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

8 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Mata (Fábio Nascimento, Ingrid Fadnes, 2020, Brasil / Noruega, 79′) *com Libras, Closed Caption e audiodescrição

Onde: Observatório

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

9 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Onde: Observatório

As Borboletas de Arabuko (John Davies, 2020, Reino Unido, 10′) *com Libras

Yarang Mamin – Movimento das Mulheres Yarang (Kamatxi Ikpeng, 2019, Brasil, 21′) *com Libras

Meu Arado, Feminino (Marina Polidoro, 2021, Brasil, 21′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

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