Todo mundo gosta de filmes de detetive. Um mistério a ser solucionado é sempre bom. O problema é que gêneros criam expectativas. Whodunnit ou “quem foi que fez?” cria no público a de que teremos um final surpreendente. Quando isso não é atendido, contudo, a decepção é grande.
A Teia, de Adam Cooper, diretor de Êxodo: Deuses e Reis, traz Russel Crowe no papel de Roy Freeman, um detetive aposentado. Baseado em O Livro dos Espelhos, do autor E.O.Chirovici, a trama mostra Roy recuperando-se de uma cirurgia oriunda de um tratamento experimental de Alzheimer. A partir daí, resolve reinvestigar um antigo caso que condenou um jovem a pena de morte.
“A Teia”: Teia de frustração
A sinopse é interessante, porém seu desenvolvimento não é bom. A perda de memória não adiciona ao mistério e o filme não retrata bem como a doença mudaria o processo investigativo. Personagens importantes, como a vítima Dr. Wieder, e a femme fatale Laura Baines aparecem de maneira muito caricata. Com as testemunhas, o longa pincela uma reflexão sobre como a memória afetiva pode mudar os fatos internamente, porém não consegue se aprofundar.
A Teia é mais um longa que prova que uma boa premissa não faz um bom filme. Tudo vai por água abaixo com uma má execução. A saber, o longa estreia nos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, dia 02 de maio de 2024.
Ficha Técnica
A TEIA (Sleeping Dogs)
Austrália, Estados Unidos | 2024 | 110min | Suspense
Direção: Adam Cooper e Bill Collage, baseado em O Livro dos Espelhos, de E.O.Chirovici
Roteiro: Adam Cooper
Elenco: Russell Crowe, Karen Gillan, Tommy Flanagan, Marton Csokas, Thomas M. Wright, entre outros.
Produção: Adam Cooper, Mark Fasano, Bill Collage e Pouya Shahbazian
Distribuição: Imagem Filmes, Califórnia Filmes.
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