“Águas do Pastaza” é um longa-metragem com direção da cineasta portuguesa Inês T. Alves, com estreia prevista em São Paulo e Rio de Janeiro em 03/08. O documentário retrata a vida de uma comunidade de crianças isoladas na floresta amazônica, entre as águas do rio Pastaza e as copas das árvores.
Durante sua viagem pelo rio Pastaza, que atravessa o Equador e o Peru, a cineasta encontrou essas crianças e se surpreendeu com suas curiosidades e independência em atividades como pesca, culinária e artesanato. Sem ter a intenção inicial de fazer um filme, Inês T. Alves encontrou inspiração nessa experiência e criou este documentário de 61 minutos, que destaca a relação íntima das crianças com a natureza e seu forte senso de colaboração no dia a dia. Distribuído pela BRETZ FILMES, o filme proporciona uma perspectiva única sobre a vida dessas crianças em meio à exuberante paisagem amazônica.
Aliás, veja o trailer de “Águas do Pastaza”, e siga lendo:
“Em março de 2018 cheguei a Suwa, uma comunidade isolada de cerca de 80 habitantes na floresta amazônica equatoriana. Ali vivi 2 meses e desenvolvi uma relação muito próxima com as crianças, que me ensinaram e ajudaram em tudo o que é necessário para “sobreviver” naquele território. Assim, surgiu a ideia de um documentário que acompanhasse o dia a ia dessas crianças extremamente independentes, mostra sua íntima ligação com a natureza, assim como sua relação com as novas tecnologias, bastante recentes na comunidade.”, diz Inês.
Inês T. Alves é uma diretora portuguesa, nascida em 1987, com formação em Narrativas Culturais e Cinema Documental. Além de dirigir curtas-metragens exibidos em festivais nacionais e internacionais, também ministra workshops de cinema para várias comunidades e idades. Inês é uma das fundadoras do MOVIMENTO, um workshop de cinema colaborativo realizado anualmente em Portugal desde 2015. Seu documentário “AROUND CORNERS” ganhou o Prémio Cinema Novo no Festival Porto/Post/Doc. Seu primeiro longa-metragem é intitulado “JUUNT PASTAZA ENTSARI” (Águas de Pastaza).
“Num momento em que as comunidades indígenas da Amazônia estão sob forte ataque permanente, intenso desmatamento impulsionado por interesses econômicos externos, pareceu-me urgente dar-lhes alguma visibilidade. Partindo do universo bem específico das crianças, o filme chama a atenção para a importância de estabelecermos uma relação mais sustentável com o nosso meio ambiente.”, completou a diretora.