Música
Bete Balanço | Emilio Dantas e Bloco Exagerado gravam versão inédita
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2 anos atrásem

Parece mentira, mas não é. Dia 1º de abril os fãs de Cazuza conhecerão uma nova versão de “Bete Balanço”, um dos clássicos eternizados na voz do poeta na fase em que fora vocalista do Barão Vermelho. Na nova versão, Helton Alves, vocalista do Bloco, divide os vocais com o ator e cantor Emilio Dantas, que teve seu nome alçado à fama quando interpretou o protagonista no musical “Cazuza – Pro dia nascer feliz”. A versão, que estará disponível para pré-save a partir de 28 de março em todas as plataformas digitais, soma-se às outras quatro anteriormente lançadas em novas versões pelo Bloco, que desfila no carnaval carioca homenageando Cazuza desde 2016.
“Desde 2020 o Bloco Exagerado vem lançando singles com as versões carnavalizadas das canções de Cazuza. Criamos esse projeto especificamente para o Edital de apoio ao Carnaval da Prefeitura do Rio de Janeiro, que não aconteceu devido à pandemia da Covid-19. A ideia é homenagear os 40 anos do Barão e, por isso, a música escolhida foi ‘Bete Balanço’, um dos maiores sucessos do grupo na época que o Cazuza ocupava o posto de vocalista”, ressalta Rafael Braga, produtor e fundador do Bloco.
Ponto Alto
Um dos maiores hits do Barão Vermelho na voz do Cazuza e ponto alto do show do Bloco Exagerado, a versão lembra o funk carioca dos anos 1990 e o maculelê, conhecido como “batidão” – atual funk carioca 120 bpm. Todos os instrumentos usados no bloco estão presentes na gravação: surdos, repique, tamborim, caixa, agogô e chocalho. A composição original já possui um clima pop-rock alegre e, por isso, a versão do Exagerado seguiu a mesma base e incluindo as batidas do funk, sendo uma homenagem ao ritmo, à cidade do Rio de Janeiro e, claro, a Cazuza.
“É uma realização, sempre foi uma vontade do bloco trazer o Emílio para uma participação. Sou muito fã do Cazuza e poder estar próximo de gente que faz parte da vida dele, ou que traz à tona o que ele representa para a música, é muito gratificante. Nesta versão contamos ainda com Guto Goffi, nosso padrinho e maior parceiro, que fez a produção musical dos arranjos do Felipe Bruno, nosso Mestre de Bateria”, celebra Rafael.
O lançamento se reporta diretamente ao mês do aniversário de Cazuza, que, se vivo fosse, completaria 64 anos.
“É exatamente isso e parafraseando ele mesmo, ‘o nosso astro merece’! O que a gente puder fazer para homenagear Cazuza o ano inteiro, vamos fazer”, pontua Rafael. “O Bloco me põe na máquina do tempo para de novo viver esse balanço (de Bete) numa pegada diferente, mas com o mesmo escárnio às caras tristes fingindo que a gente não existe. Agora só penso no momento em que possamos cantar juntos ao vivo porque, afinal, é bloco. É forte. E é Cazuza!”, encerra Emilio.
SERVIÇO:
LANÇAMENTO DO SINGLE “BETE BALANÇO”
QUANDO: 1º de abril
ONDE: Todas as plataformas de música
INSTAGRAM: @blocoexagerado
PERFIL NO SPOTIFY: https://open.spotify.com/artist/1JkB9Si1IZWztdzCJLld43?si=ADaijRCWRFaoiiNrRXDVkw
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.

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Você pode não ligar o nome a pessoa, mas certamente conhece algumas de suas músicas: Bolinha de Papel, Falsa Baiana, “Pisei num despacho”, Sem Compromisso (que muitos pensam ser do Chico Buarque), Escurinho são alguns dos inumeráveis clássicos de Geraldo Pereira, cujas composições ajudaram a desenhar o cenário musical do samba . Nascido em Juiz de Fora em 23 de Abril de 1918 o sambista foi morar ainda criança no morro da Mangueira por volta dos onze, doze anos – a idade é imprecisa – e cresceu convivendo com grandes sambistas e malandros do morro. Desde cedo já demonstrava talento para a música – teve aulas de violão com Alfredo Português, Pai adotivo de Nelson Sargento. Aos 17 anos já arriscava suas primeiras composições.
Geraldo Pereira foi um grande cronista social do seu tempo. Através de seus sambas é possível ter uma ideia de como era o Rio de Janeiro na primeira metade do século XX. Ao mesmo tempo que são o retrato de uma época, suas canções se tornaram eternas e até hoje são regravadas e cantadas em rodas de samba em todo o Brasil. Geraldo Pereira Chegou a ter uma música censurada pela ditadura do Estado Novo, chamada Ministério Da Economia, onde ele fala das agruras de um sujeito cuja vida estava tão difícil que sua esposa foi “meter os peitos na cozinha de madame em Copacabana”. A música só veria uma gravação no início dos anos 1980 pela voz do saudoso Monarco.
Quem tomava aulas de violão com Geraldo Pereira pelos bares da Lapa era João Gilberto, que mais tarde seria considerado um dos pais da Bossa Nova. O baiano era um grande admirador da forma como o sambista tocava seu instrumento, aliás Geraldo Pereira é tido como o mestre do samba sincopado. Na linguagem técnica das partituras, síncope significa prolongar o som de um tempo fraco em um tempo forte que vem a seguir. Assim resulta em um ritmo pulado, requebrado, brejeiro, o samba de gafieira, que é diferente daquele tocado nas escolas de samba. Não foi por acaso que nos anos 1960 João Gilberto gravou Bolinha de Papel.
Toda essa genialidade não impediu que Geraldo tivesse uma vida difícil no morro, como a maioria dos sambistas de sua época. Ele sai de cena justamente quando sua carreira começava a se consolidar: na Lapa envolveu-se numa briga com o lendário Madame Satã. Foi golpeado e foi ao chão. Levado para o Hospital dos Servidores veio a óbito no dia oito de Maio de 1955. No carnaval de 1982 Geraldo Pereira foi enredo da Unidos do Jacarezinho. Suas canções até hoje são celebradas. Em suas letras estão sonhos, dores, alegrias e imagens que povoam o imaginário brasileiro. Geraldo Pereira presente!

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