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Cinema e StreamingCrítica

CRÍTICA| Better Man ensina como fazer uma boa cinebiografia

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 25 de fevereiro de 2025
6 Min Leitura
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Dirigido por Michael Gracey, Better Man usa da atmosfera onírica e um protagonista símio para construir uma montanha russa de emoções

Cinebiografias musicais são os novos filmes de super heróis, porém, diferente deles salvarem o mundo, estes “heróis” da vida real são geralmente músicos que apresentam músicas icônicas, apresentam relacionamentos conturbados ao longo da vida, usufruem de drogas, sexo e rock and roll e ao final deixam sua marca no mundo.

Desde Amadeus (1984, Miloš Forman) até Elis (2016, Hugo Prata), as cinebiografias apresentam diferentes abordagens que vão desde um retrato fiel e clássico da vida do cantor, como Ray (2004, Taylor Hackford) e Bohemian Rhapsody (2018, Bryan Singer, Dexter Fletcher) , até filmes que abraçam o estilo musical e a vida do cantor para criar algo único e de destaque estético, como Meu Sangue Ferve por Você (2024, Paulo Machline) e o recente Better Man (2025, Michael Gracey).

Do mesmo modo que com os filmes de super heróis, está ocorrendo um saturamento de cinebiografias musicais. Diversas produções tratam seus retratados como figuras sobre humanas, evitando discutir as crises, abusos e problemáticas que consolidaram a sua história e a fizeram se tornar alguém tão marcante, assim, o filme enfatiza uma plasticidade e uma “homenagem forçada” dentro de um roteiro tradicional e superficial que não acrescenta nada ao produto final, um exemplo é o recente Meu Nome é Gal (2023, Dandara Ferreira, Lô Politi).

Better Man é um filme que juntamente com Rocketman (2019, Dexter Fletcher) e Weird: A História de Al Yankovic (2022, Eric Appel), usa das músicas de seus representantes para construir um universo lúdico e onírico. Ao invés de alguma coisa realista, a estética escolhida leva o espectador em uma jornada que em certos momentos beira o fantástico e o ilusório, porém, sem perder aquilo que os deixa humanos, permitindo maior fluidez para a produção como um todo.

No caso de Better Man, existe algo mais dentro desta representação fantástica: o fato de Robbie Williams ser visto como um símio. Apesar disso, em nenhum momento ele é tratado como algo menor do que um ser humano, este é um dos maiores fortes de Better Man, justamente por permitir algumas vantagens para sua produção como: a facilitação da empatia para com seu protagonista, a fluidez dos efeitos visuais permite uma melhor percepção dos movimentos de seu personagem, inclusive em suas expressões faciais e por fim, a jóia da coroa: a luta constante de seu protagonista é muito mais interessante quando o observamos como um macaco.

Acompanhamos a vida de Robbie Williams desde criança,vivendo com sua avó e mãe, até o começo de sua carreira dentro da boy band Take That, aonde acabou entrando em uma rota de auto destruição que o perseguiu por grande parte de sua vida, seja na vida familiar, social ou matrimonial.

Better Man

Cena de Better Man- Divulgação Diamond Pictures

Em muitos momentos de Better Man, enxergamos os receios e medos de Robbie Williams de maneira muito clara: imagens de si mesmo que o encaram feio, sempre nos momentos em que ele está se apresentando. De modo expositivo, Michael Gracey demonstra os medos, receios, fraquezas e crises de auto estima de Robbie Williams, desde o seu começo em Take That, até sua apresentação em Knebworth, aonde o onírico toma conta e ocorre um battle royale símio. Não precisa de muito tempo pra compreender o simbolismo de uma cena tão vibrante quanto esta, tão lunática que ao final Robbie Williams mata o seu próprio espelho.

Robbie Williams atuou como produtor executivo durante a produção, a ponto de estar presente em todas as apresentações que Jonno Davies gravou ao longo do filme como seu alter ego símio. O cantor utiliza o filme para expurgar seus próprios demônios e refletir sobre a sua vida, além de apresentar o desejo de que o filme auxilie outros em seu processo de cura.

Com músicas cativantes, performances que nos deixam boquiabertos, como a cena do barco que abre uma janela para um retrato completo da vida inicial do casal Robbie Williams e Nicole Appleton, até o final glorioso com a música My Way, abrindo a torneira nos olhos de todos os espectadores mais sensíveis. Por meio de um retrato original, potente e honesto sobre erro, arrependimento e a importância de consertar relações quebradas, Better Man é um exemplo a se seguir para futuras produções do gênero.

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Tags:better mancinebiografiaCinemaRobbie Williams
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2 Comentários
  • Roseli's avatar Roseli disse:
    1 de março de 2025 às 13:17

    O musical é ótimo! Impressionante os olhos brilhantes profundos e a expressão facial do macaco tão semelhantes as dele. E o que dizer da trilha sonora? Robbie nunca decepciona.

    Responder
    • Alvaro Tallarico's avatar Álvaro Tàllarico disse:
      2 de março de 2025 às 08:45

      Incrível, né? Gratidão pelo seu comentário engrandecedor e por compartilhar sua visão do filme!

      Responder

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