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Caffè Sospeso é um filme aromático que desperta | Netflix

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Caffè Sospeso. Um documentário que desperta, uma crônica que faz pensar. café

Um Caffè Sospeso é um café deixado pago para uma outra pessoa que não tenha condições de comprar. Um café suspenso é um símbolo de solidariedade. Além disso, há a socialização que advém do ato de tomar um café, como uma desculpa para um encontro, uma conversa. Caffè Sospeso é também um documentário italiano dirigido com sensibilidade por Fulvio Iannucci e Roly Santos, escrito por Alessandro Di Nuzzo. Aliás, um dos méritos desses citados é conseguir surpreender o espectador que vai, aos poucos, tomando um cafézinho e conhecendo aquelas pessoas comuns – e especiais, tudo isso em pouco mais de uma hora.

Três cidades são utilizadas como base: Buenos Aires, Nápoles e Nova Iorque. Cada uma com diferentes pessoas/personagens, com questões individuais específicas. Ao longo da jornada, sentimos um gosto de urbanidade e de marcação de identidade, provenientes do café. Logicamente, enquanto assistia, tive que tomar um. O gosto do café lembra vida, infância, liga passado e futuro, conecta com o presente. Desperta e energiza o corpo de uma forma realmente única. Seus efeitos me auxiliam a escrever essa crônica, crítica, aqui e agora.

Café e a escrita

Por falar em escrever, indubitavelmente, um dos destaques do filme é o escritor e jornalista argentino Martín Malharro, que conta como cria seus personagens enquanto toma um café. Ah, esse é, foi, e será o companheiro de tantos e tantos jornalistas, escritores e demais trabalhadores. Um amigo que sugere e acelera, incita a mente e a disposição.

A explicação de Martín se entrelaça com o filme de uma forma amalgamática. Acompanhamos pessoas comuns que trabalham com café, como baristas, ou donos de lojas e organizações. Passaram por transformações, entre erros e acertos. Temos desde a empreendedora estadunidense cuja história familiar e o negócio caminham juntos até o jovem barista que passou por situações amargas, inicia seu aprendizado e mira perspectivas que antes não existiam, um doce sabor de liberdade.

Intercalando depoimentos com a rotina diária e closes talvez poéticos, Caffè Sospeso, mostra que, às vezes, quer queiramos ou não, as coisas ficam em suspenso e isso faz parte do nosso crescimento e evolução em busca de nós mesmos e novos caminhos. O destino improvisa e temos que lidar com isso. Enfim, quando vai terminando, entendemos muito melhor o título do filme, e quiçá, a vida, como um todo, e fica ainda mais interessante – e poético.

Ademais, leia mais:

Tales from the Loop | Contos do Loop é sensacional
O Poço | CRÍTICA (Netflix)
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Cinema

Museu do Amanhã exibirá filmes da Mostra Ecofalante de Cinema durante a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente 2023

Serão 10 filmes do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais

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Aguas Do Pastaza ecofalante 2023 SEMEIA

Como parte da programação da SEMEIA, a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, o equipamento cultural exibirá 10 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.

A princípio, as sessões acontecerão entre os dias 6 e 9 de junho e contarão com acessibilidade para pessoas surdas. No dia 7, uma das produções contará também com Closed Caption e, no dia 8 de junho, no feriado de Corpus Christi, a exibição terá, ainda, com Closed Caption, audiodescrição e Libras.

Destaques

A programação da mostra abre no dia 6 de junho com o filme “Águas do Pastaza”, sobre a comunidade Suwa, localizada na fronteira entre o Equador e o Peru.

No dia 7, os curtas “Dia de Pesca e de Pescador” e “Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada” falam sobre como o brincar está inserido no dia a dia das crianças indígenas e como o cotidiano dessas comunidades se reproduzem de forma lúdica.

“Crescer onde nasce o sol” se passa numa comunidade onde o brincar parece não ter lugar e este ato se torna quase uma ação de resistência pelas crianças que, brincando, sonham com um futuro melhor. Por fim, “Aurora, a Rua que Queria Ser Rio” traz a história de um rio reprimido e canalizado para dar lugar ao “progresso”.

No dia 8 de junho, o documentário “Mata” abordará a resistência de um agricultor e uma comunidade indígena diante do avanço das plantações de eucalipto. A sessão será a única com Closed Caption, audiodescrição e Libras. Para encerrar, o último dia abre com “Borboletas de Arabuko”, que retrata o ofício de cultivadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Em seguida, “Movimento das Mulheres Yarang” documentou a história de um grupo de mulheres do povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. Por fim, “Meu Arado, Feminino”, destaca a pluralidade feminina do campo e seu elo com a natureza.

SEMEIA

De 5 a 11 de junho, a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, trará uma programação com rodas de conversa, oficinas, filmes, ativações artísticas e shows. Afinal, o objetivo é promover trocas e aprofundamentos sobre temas como preservação da água, saberes tradicionais, soberania alimentar, crise climática, direito à informação e cooperação para a sustentabilidade. Todas as atividades são gratuitas e algumas precisam de inscrição antecipada porque estão sujeitas a lotação.

Em seguida, confira a programação da Mostra Ecofalante durante a SEMEIA:

6 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Filme Águas de Pastaza (Inês T. Alves, Portugal, 60′, 2022) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

7 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Dia de Pesca e de Pescador (Mari Corrêa, Brasil, 2015, 3′) *com Libras

Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada (Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro, Veronica Monachini, Brasil, 2016, 19′) *com Libras

Crescer onde nasce o sol (Xulia Doxágui, 2021, Brasil, 13′)*com Libras e Closed Caption

Aurora, a Rua que Queria Ser um Rio (Redhi Meron, 2021, Brasil, 10′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

8 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Mata (Fábio Nascimento, Ingrid Fadnes, 2020, Brasil / Noruega, 79′) *com Libras, Closed Caption e audiodescrição

Onde: Observatório

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

9 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Onde: Observatório

As Borboletas de Arabuko (John Davies, 2020, Reino Unido, 10′) *com Libras

Yarang Mamin – Movimento das Mulheres Yarang (Kamatxi Ikpeng, 2019, Brasil, 21′) *com Libras

Meu Arado, Feminino (Marina Polidoro, 2021, Brasil, 21′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

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