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CríticaCinema

Crítica | Capitu e o Capítulo

Por
Livia Brazil
Última Atualização 27 de julho de 2023
6 Min Leitura
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Um filme experimentalEnredoElenco GlobalFicha TécnicaPor fim, leia mais:

Hoje, dia 27 de julho de 2023, estreia, nos cinemas Brasil, “Capitu e o capítulo”. Apesar do nome familiar, o novo longa de Júlio Bressane não é só mais um filme do conhecido romance de Machado de Assis. Ele é, sim, baseado em “Dom Casmurro”, mas mostra de forma totalmente diferente a história de Bentinho, Escobar e da mulher do título.

Descrito pelo diretor como um ensaio sobre o livro, “Capitu e o capítulo” visa, também, segundo sua sinopse “trabalhar com a inquietação dos sentimentos humanos, tal qual o ciúme intenso de Bentinho, e todas as intrigas desenvolvidas a partir de suas paranoias”. A partir daí, e com um narrador que toma forma na tela, interpretado pelo ator Enrique Díaz, o espectador vê o desenrolar de todo o romance de Capitu e Bentinho. Dessa vez, porém, com ênfase, também, nos sentimentos da mulher.

Para entender melhor, veja o trailer:

Um filme experimental

Vamos aos fatos: uma obra audiovisual pode comunicar com o espectador e/ou atingir o que se propõe. Nem sempre, ao atingir o que se propõe vai fazê-lo se comunicar com o espectador (por isso o “e/ou” ali na frase). “Capitu e o capítulo” com certeza tem sucesso no que ele se propõe ser: ser um ensaio que capta as sensações e mundo particular dos personagens. Ele é um ensaio no que não se obriga a seguir uma narrativa clássica. Não espere um filme tradicional de fácil compreensão. Ele é bastante experimental, mostrando recortes de momentos e também utilizando recursos externos à narrativa da trama para fazer o espectador perceber as sensações anteriormente mencionadas.

De jogos de luz à imagens de mar (claramente evocando os “olhos de ressaca” de Capitu) e até cenas de um homem que não é possível reconhecer se escondendo no meio da floresta, todas as cenas ajudam o espectador a entender como os personagens se sentem internamente. O que é muito mais fácil de se entender com descrições detalhadas em uma obra literária. Porém, Bressane tenta deixar mais palpável ao espectador com imagens aparentemente desconexas, mas que dizem muito em termos de sensação. É importante que o espectador busque esse filme sabendo desses fatos. Se ele for à sala de cinema em busca de uma narrativa clássica, a obra não terá sucesso na tentativa de comunicação com quem o assiste.

Enredo

É importante, também, o espectador saber o mínimo, pelo menos, sobre a história de Dom Casmurro. Isso porque detalhes sobre o enredo em si ele não encontrará. É um filme muito mais pra se sentir no corpo do que para entender uma história, seguir uma linha de enredo. Não há linhas. Ou há, porém estão entrelaçadas. Mas, a não ser que o espectador não seja brasileiro, é praticamente impossível não conhecer nada sobre a história de Dom Casmurro, não é? Falando em não ser brasileiro, “Capitu e o capítulo” foi selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Roterdã.

Elenco Global

O elenco é formado por rostos muito conhecidos do público. Mariana Ximenes dá vida à Capitu e Vladimir Brichta interpreta Bentinho. Já Emílio Díaz aparece na pele do narrador. Completam o elenco os atores Cláudio Mendes, Djin Sganzerla, Josie Antello e Saulo Rodrigues.

É possível ver que Mariana Ximenes está ali de corpo e alma. Porém é estranho vê-la na pele de Capitu, a atriz parece não se encaixar no corpo da personagem. Lhe falta profundidade. O mesmo pode-se dizer de Vladimir que, apesar de interpretar a faceta mais “boba” de Bentinho (e não o Casmurro de Enrique Díaz), está bem aquém do que sabemos que ele pode entregar, já que é ótimo ator. Sendo assim, os personagens secundários acabam se destacando mais que os principais. E Cláudio Mendes, especialmente, entrega uma performance muito interessante de se assistir. Porém, o destaque vai mesmo para Enrique Díaz, como sempre inspirado e intenso. Aplausos.

Ficha Técnica

Capitu e o capítulo Duração: 75 minutos

Direção: Júlio Bressane

Roteiro: Júlio Bressane e Rosa Dias, inspirado na obra “Dom Casmurro”, de Machado de Assis

Elenco: Mariana Ximenes, Vladimir Brichta, Emilio Díaz, Cláudio Mendes, Djin Sganzerla, Josie Antello e Saulo Rodrigues

Produção: Globo Filmes

Distribuição: Pandora Filmes

Direção de fotografia: Lucas Barbi

Montagem: Rodrigo Lima

Por fim, leia mais:

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Tags:Cinemacinema brasileirocinema nacionalmachado de assis
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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
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