Por acaso, zapeando na Netflix me deparei com essa série nova, Cidade dos Mortos. Não sabia nada sobre, mas o nome me chamou atenção. Depois de ver FLU (filme coreano sobre uma epidemia), esse tema de pós apocalíptico com pandemia que infelizmente se faz presente no nosso cotidiano hoje se torna cada vez mais realista.
Começamos a acompanhar a história de Sergei (Kirill Karo) com suas “duas famílias”, sua ex-mulher, seu filho, sua atual esposa e o enteado. O filho é pequeno e seu enteado tem Síndrome de Asperger. Cidade dos Mortos veio a calhar com uma trama atual e que consegue mostrar como o macro influencia no ambiente de cada indivíduo. Além disso, como isso pode nos afetar mentalmente e como usar válvulas de escape pode ser perigoso. Todos os personagens principais têm seus dramas pessoais e familiares, são densos e bem trabalhados, incluindo os que surgem após alguns episódios. A série explora a psique humana ao seu máximo, desde mostrar o subconsciente e como algumas coisas simplesmente não conseguem mudar, até a parte que estão em adrenalina e tomam atitudes totalmente inconsequentes.
Ângulos incomuns
A câmera tem uns planos diferenciados, com rotações e ângulos a princípio incomuns. Aliás, isso pode até incomodar algumas pessoas. Particularmente, achei um toque bem interessante, diálogos são bem trabalhados e, em especial, uma cena final no segundo episódio foi muito marcante, e as ligações de passado/futuro dos personagens foram importantíssimas para que a trama tomasse a densidade que tomou.
A série russa me surpreendeu muito positivamente por fugir de clichês e não ficar em um padrão “The Walking Dead”. Enfim, para alguém que nunca viu nada de lá, acho que é uma boa série de abertura para o audiovisual russo. Inclusive, acho que tem tudo para ser um sucesso aqui no Brasil. Recomendo fortemente se curte temática apocalíptica!
https://www.youtube.com/watch?v=ZYQRRf3l2qE
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