Cinema
Cine Taquara revitaliza cultura na Zona Oeste
Publicado
3 anos atrásem

Desde 2017, o Cine Taquara vem agitando Jacarepaguá por meio de sessões de cinema no espaço público. Apesar de ter cinema no nome, o audiovisual é apenas uma das manifestações artísticas contempladas pelo projeto. Poesia, música, artes visuais e até performance fazem parte das atividades culturais realizadas pelo coletivo que se define como um “cineclube preto de rua”.
Em entrevista ao Vivente Andante, Gleyser Ferreira, idealizadora do Cine Taquara, explica que o movimento é um centro cultural a céu aberto. Devido à falta de equipamentos culturais e iniciativas que contemplem a Zona Oeste e em especial a área de Jacarepaguá, Gleyser e outros membros do coletivo se organizaram com recursos próprios para oferecer atividades culturais aos moradores e passantes.
“O cinema brasileiro e independente não é tão consumido pelo nosso povo porque não é de fácil acesso. Então, precisamos garantir esse acesso em cada comunidade para que as pessoas tenham cada vez mais interesse em pesquisar, produzir, conhecer esse cinema marginal e independente”, conta a produtora cultural.
Acesso à produção cinematográfica negra e brasileira
Ao total são 12 integrantes que formam o Cine Taquara: André Ronin, Alexandre Devill, Carlla Maranhão, Gleyser Ferreira, Ian de Farias, João Gilberto, Lucas França, Marcos Felipe, Nelson Neto, Thainara Vitória, Violeta e Vitor Nascimento. De modo coletivo, eles organizam as ações mensais na Taquara, além de participações esporádicas em outros bairros da cidade.
O acesso à produção cinematográfica negra e brasileira é uma das preocupações do Cine Taquara. Ao mesmo tempo, o movimento revela que vai além da sétima arte. Nas rodas de conversa promovidas durante os encontros, o objetivo é trazer reflexão socioambiental. Portanto, o Cine Taquara promove a organização comunitária. Gleyser conta que sempre há microfone aberto para poesias e falas.

“Sabemos que o local onde fazemos as sessões no BRT Taquara é um lugar de passagem, porque as pessoas que moram nas periferias do entorno têm que passar em algum momento pela Taquara. Geralmente para trabalhar, estudar ou curtir um evento. Esse espaço é bem estratégico porque é onde as pessoas costumam passar só por passar, mas elas podem parar e refletir um pouco sobre o seu dia a dia e sobre o dia a dia da comunidade”, revela Gleyser.
Invisibilidade cultural da Zona Oeste
A saber, a cidade do Rio de Janeiro possui atualmente cerca de 6,68 milhões de habitantes, de acordo com dados do Instituto Pereira Passos. Desse total, mais de 500 mil pessoas estão na Região Administrativa de Jacarepaguá. Atualmente, a região conta com apenas quatro equipamentos municipais de cultura enquanto Botafogo, por exemplo, com a população aproximada de 82 mil habitantes possui cinco equipamentos, que é a mesma quantidade da Tijuca com cerca 163 mil habitantes. Logo, fica evidente o descaso governamental com a população da Zona Oeste.
A falta de atenção da Prefeitura do Rio de Janeiro para com o bairro de Jacarepaguá apenas revela a importância de iniciativas artísticas e culturais como o movimento Cine Taquara. No próximo sábado (21), o coletivo ocupará seu espaço habitual próximo à estação do BRT Taquara a partir das 16 horas com cinema infantil, oficina de grafite e outras atividades. A partir das 21 horas, todxs estão convidados para o Baile do Cine com filme surpresa, DJ, música ao vivo, além do tradicional microfone aberto.
Os encontros do coletivo Cine Taquara são realizados no centro da Taquara, na praça que fica no final da passarela do BRT estação Taquara, próximo à subida da Estrada Rodrigues Caldas. Então, para quem deseja se juntar ao movimento que inspira a arte na Zona Oeste, basta chegar pois a entrada é livre. Além disso, vale a pena seguir o Cine Taquara no Instagram (@cinetaquara).
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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras
Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros
Publicado
3 dias atrásem
7 de junho de 2023
O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.
Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.
Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.
Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:
O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.
Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.
O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.
Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.


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