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CinemaCrítica

O Coração do Mundo | Natalia Meshchaninova traz à tona o desconforto das relações intensas

Por
Charlotte Dias
Última Atualização 30 de março de 2023
3 Min Leitura
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divulgação: 1º Festival de Cinema Russo
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Em seu segundo filme, O Coração do Mundo (Core of the World), a diretora Natalia Meshchaninova faz um comovente estudo de caráter de um veterinário que trabalha em um canil de treinamento de cães de caça. Egor (Stepan Devonin) cuida noite e dia dos cachorros e dos outros animais do sítio da família de Nikolai (Dmitriy Podnozov). O custo mental e físico do árduo trabalho de Egor aparece em close-ups e na utilização de steadycam, trazendo tensão aos severos movimentos da câmera. Principalmente em cenas como as que envolvem os “verdes”, como são chamados os ativistas que buscam denunciar a propriedade por maus tratos aos animais.

A luz natural da fotografia é explorada ao máximo, mesmo nas cenas de neblina e no escuro casebre que Egor mora. Ou seja, evidencia o próprio estado de espírito da personagem principal, um homem introvertido e solitário. Contudo, Egor é o único a dar atenção ao pequeno Ivan (Vitya Ovodkov), neto de Nikolai, que é frequentemente deixado por conta própria nos arredores do sítio.

Sexo e emoção

Após uma ida ao rio, Egor acaba se envolvendo com a mãe de Ivan, Dasha (Yana Sekste), em uma estranha relação de necessidade sexual e contato emocional, do qual ele não sabe ao certo se realmente deseja. Aos poucos, o recluso Egor vai se inserido na rotina da família, negligenciando a morte de sua própria mãe, com quem possuía um passado conturbado. Quando Nikolai começa a beber em demasiado e a causar confusão entre os moradores do sítio e seus vizinhos, as tensões aumentam fazendo o veterinário entrar em um estado de descontrole e agir assim como os animais que treina.

O drama consegue mostrar de forma sensível e eficaz, a discrepância entre a dificuldade dos personagens em expressar seus sentimentos e a ternura que mostram a alguns animais. A atuação de todo o elenco é louvável, verdadeiramente se jogam na rigorosa montanha-russa de emoções criada pela diretora e também roteirista Natalia Meshchaninova. Stepan Devonin, que merecidamente recebeu o Nika Award, o equivalente ao Oscar russo por seu papel como Egor, conseguiu a façanha de passar ao público o isolamento e a agonia interior de sua personagem de maneira fascinante.

*O Coração do Mundo pode ser visto no 1º Festival de Cinema Russo – Russian Film Festival, vai de 10 a 30 de dezembro, na plataforma Spcine Play com exibições gratuitas

Ademais, leia mais:

Gratuito | Veja o 15º Festival de Cinema Latino-Americano com filmes online

Crítica | Uma Mulher Alta

Crítica | O Telhado

 
Tags:cinema rússiacinema russocore of the worldcritica o coracao do mundofestival de cinema russoo coração do mundo
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Charlotte Dias's avatar
PorCharlotte Dias
Charlotte Dias é jornalista e atualmente cursa mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade do Porto. Cinéfila, nômade e amante dos anos 80.
7 Comentários
  • Amanda Castro's avatar Amanda Castro disse:
    8 de dezembro de 2020 às 21:23

    Adorei a cr?tica !!! Achei bem interessante a temática do filme. Quero muito ver .

    Responder
  • Claudine Teles's avatar Claudine Teles disse:
    8 de dezembro de 2020 às 21:47

    Achei o texto extremamente competente com a abordagem dessa desesperança e mostrando a dicotomia e diversidade dos personagens, entre a realidade e os desejos dessas pessoas onde as questões pessoais e individuais não deveriam acontecer. Enfim, essas separações entre o campo, do trabalho, do profissional não deveriam acontecer, porém, se evidenciam no decorrer da história.

    Responder
  • Vladimir's avatar Vladimir disse:
    9 de dezembro de 2020 às 01:03

    Excelente análise! Instiga a curiosidade daqueles que ainda não tiveram a oportunidade de assistir à película – como é meu caso. 🙂

    Responder
    • Alvaro Tallarico's avatar Alvaro Tallarico disse:
      14 de dezembro de 2020 às 23:38

      Sem dúvidas, uma análise muito boa!

      Responder

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