Os radialistas Mente Suína, Helder Leonel e Mia Couto Júnior estiveram na mesa de abertura da I Conferência Internacional e Inter-regional de Hip Hop Moçambicano. O evento acontece em Maputo entre os dias 14 (sexta-feira) e 17 (segunda-feira). Na sexta-feira e segunda-feira, é na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, já no sábado, no Centro Cultural moçambicano – Alemão (ICMA) e na Rádio Moçambique.
No primeiro painel, os apresentadores de programas de rádio das cidades da Beira e Maputo falaram sobre seleção da música, censura, marketing e a técnica de abordagem do rap moçambicano. Mente Suína, Helder Leonel e Mia Couto Júnior falaram no painel que tem o tema “Moldar e informar o público através da transmissão da música rap”.
O representante da cidade da Beira Mente Suína, que apresenta o programa Academia Hip Hop, destacou o poder educativo do hip hop. Entre os radialistas de Maputo, o apresentador Mia Couto Júnior, da Rádio Savana, ressaltou que o programa que faz incentiva a veiculação de músicas com estilo mais crítico. Por outro lado, Helder Leonel, responsável pelo programa Hip Hop Time, salientou que visa apresentar a diversidade de temas presentes no rap de Maputo.
Aliás, em seguida, confira a música “Preto de Azul”, que une Brasil e Cabo Verde, e siga lendo:
Na primeira manhã da Conferência, o evento foi aberto com apresentações artísticas. A artista moçambicana Janet Manica tocou violino, enquanto a rapper irlandesa Ophelia trouxe a música rap em inglês. O evento decorre com a participação de pesquisadores internacionais e moçambicanos, bem como rappers e produtores de três províncias de Moçambique (Sofala, Manica e Maputo).
Nas falas iniciais, o evento também trouxe o caráter internacional. O organizador principal do evento Janne Rantala, finlandês radicado em Maputo, moderou o debate de abertura e fez a fala inicial. Além disso, pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Moçambique fizeram falas de abertura do evento. Do Brasil, falou o professor da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Carlos Guerra Júnior, que é coordenador do projeto de rap Barras Maning Arretadas e grupo de extensão e pesquisa BARRAS. De Moçambique, falaram o vice coordenador da Escola de Comunicação e Artes (ECA/UEM) Fulgencio Fulane e o diretor da Bloco 4 Foundation Tirso Sitoe. Dos Estados Unidos, falou o professor Griffith Rollefson, coordenador do projeto CIPHER, que busca catalogar as pesquisas de rap ao redor do mundo.
No primeiro dia também houve exposição de beats de Mbudzi Chi Moio e IMBLGK, artistas da cidade de Chimoio. Além disso, houve uma mesa de debate no período da tarde, com o título “Antepassados e predecessores: Produção do hip hop, sons da memória política e da imaginação do futuro”. Neste painel, participaram alguns dos principais produtores de instrumentais do hip hop moçambicano: o beatmaker Profless (Maputo), IMBLGK (Chimoio) e Mbuduzi Chi Moio (Chimoio), além do rapper Extraterrestre (Chimoio).
Afinal, confira a programação dos próximos dias:
Dia 15: 09h30min às 13h30min (Centro Cultural moçambicano – Alemão) – 14h (Rádio Moçambique)
Convidados/as: Drifa/ Inspector Desusado/ Dj Leopardo/ Magus de Lírio aka Cossa/ Duplo V/ DingZwayu/ MC Chamboco/ Extraterrestre/ Gina Pepa/ Sandey/ Ophelia
Dia: 17: 9h às 14h (Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane)
Mente Suína/ DJ Sidney GM/ Idoneo/ Shackal/ III Elemento/ Jazz P/ Mel Kait
Em seguida, leia mais:
Mulheres pioneiras no hip-hop em quatro países lançam clipe histórico | Barras Maning Arretadas
Antônio e Comitiva caminhando com São Benedito pela música e a fé
Plano de Fuga | Projeto de rap conta com artistas de Angola, Brasil e Moçambique