Cinema
Confira os premiados no Fantasporto 2020
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4 anos atrásem
Foi no sábado, 07 de março de 2020, que ocorreu o encerramento da 40ª edição do Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto em um cheio Teatro Municipal Rivoli, em Porto, Portugal. Dentre os premiados no Fantasporto 2020 está a produção japonesa “Ghostmaster”, de Paul Young, uma comédia fantástica gore, que ganhou o grande prêmio de Melhor Filme. A saber, a noite de encerramento ainda contou com a exibição do bom filme brasileiro de ficção científica “Loop“, de Bruno Pini, com Bruno Gagliasso e Roberto Birindelli no elenco, o qual recebeu muitos aplausos. Inclusive, Bruno Pini aproveitou o momento para ressaltar os problemas que o audiovisual brasileiro vem enfrentando.
Além disso, o filme japonês “Dancing Mary”, de Sabu, venceu o Prêmio Especial do Júri e Roderick Cabrido, das Filipinas, levou o troféu de Melhor Realizador (Diretor) por “Clarita”. Melhor Ator foi para Leif Edlund em “Koko-Di Koko-Da”, uma co-produção entre Suécia e Dinamarca. O prêmio de Melhor Atriz foi para as Filipinas, Christine Reyes no filme “Untrue”. Para o cinema português, o prêmio foi para “Bunker”, de João Estrada.
Conduzindo Almas
Dentre outros premiados no Fantasporto, temos “The Soul Conductor”, do russo Ilya Maximov, vencedor na categoria efeitos especiais. Aliás, ainda houve menção honrosa do júri para outra produção asiática, o filme coreano “Fallen”, de Lee Jung-Sub.
Em suma, o Grande Prêmio da Semana dos Realizadores foi para “Willow”, do macedônio Milcho Manchevski. Inclusive, o filme é uma coprodução entre a República da Macedônia, a Hungria e a Bélgica, no qual três mulheres têm de lutar pelo controle dos seus corpos. Inclusive, será exibido hoje às 19 horas, no Teatro Municipal Rivoli, com a presença do diretor.
Afinal, confira os prêmios:
Grande Prêmio – Melhor Filme
Ghostmaster, de Paul Young
Prêmio Especial do Júri
Dancing Mary, de Sabu
Melhor Realização (Direção)
Roderick Cabrido, por Clarita
Melhor Ator
Leif Edlund, em Koko-Di Koko-Da
Melhor Atriz
Christine Reyes, em Untrue
Melhor Argumento
Dead Dicks, de Chris Bavota
Melhores Efeitos Especiais
The Soul Conductor, de Ilya Maximov
Melhor Curta-Metragem
Breaking and Entering/ Moros en la Costa, de Damiá Serra Cauchetiez
Menção Especial
Fallen: Director’s Cut, de Lee Jung-Sub
30ª Semana dos Novos Realizadores (Diretores)
Melhor Filme
Willow- Milcho Manchevski
Prêmio Especial do Júri
Una Chica Invisible, de Francisco Bendomir
Melhor Realizador (Diretor)
Béla Bagota, por Valan: Valley of the Angels
Melhor Argumento
Béla Bagota, por Valan: Valley of the Angels
Melhor Ator
Cem Bender, em Omar and Us
Melhor Atriz
Yeong-ae Lee, em Bring Me Home
Prêmio Cinema Português
Melhor Filme
Bunker ou Contos que Ouvi Depois do Mundo Acabar, de João Estrada
Menção Especial do Júri
Por Detrás da Moeda, de Luis Moya
Melhor Escola de Cinema Portuguesa
ETIC/EPI (Lisboa)
Prêmio do Público
Por Detrás da Moeda, de Luis Moya
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Gone | Filme finlandês traz um mochileiro que se teleporta | Fantasporto 2020
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Direção de Fotografia no cinema, o que é? Flávio Ferreira explica nesse podcast!
Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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Cinema
‘Névoa prateada’, de Sacha Polak, é filme para refletir | Crítica
O longa estreia no dia 18 de abril nos cinemas de Brasília e São Paulo.
Publicado
14 horas atrásem
18 de abril de 2024Por
Livia BrazilNévoa prateada é um filme arrebatador que, com certeza, não vai passar incólume. O longa propicia emoções intensas, sejam elas positivas ou negativas. Fato que muitos não irão gostar. Alguns podem considerá-lo extremo demais, pesado demais. Os espectadores acostumados a tratar o cinema somente como forma de entretenimento e diversão provavelmente não irão gostar, já que é um filme que propõe análise e questionamentos. E que retrata uma realidade comum em alguns lugares da Inglaterra – e também de outros locais. Contudo, para quem gosta de assistir filmes que criticam a sociedade e comportamentos é um prato cheio. E para quem pretende aprender com o audiovisual também.
Mas sobre o que fala Névoa prateada?
A protagonista do filme é Franky, uma enfermeira de 23 anos que vive com a família em um bairro no leste de Londres. Obcecada por vingança e com a necessidade de encontrar culpados por um acidente traumático ocorrido há 15 anos, ela é incapaz de se envolver em um relacionamento com alguma profundidade. Até que se apaixona por Florence, uma de suas pacientes. As duas fogem para o litoral, onde Florence mora com a família. Lá, Franky encontrará o refúgio emocional para lidar com as questões do passado.
A saber, a atriz Vicky Knight, intérprete de Franky, venceu o Prêmio do Júri do Teddy Award do Festival de Berlim. Além disso, o longa recebeu indicação de Melhor Filme no Panorama Audience Award e foi destaque na programação da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Participou, também, dos prêmios Dinard British Film Festival (vencedor como melhor filme), Tribeca Film Festival (indicado ao Best International Narrative Feature), FilmOut San Diego US, Sunny Bunny LGBTQIA+ Film Festival, entre outros.
A diretora de Névoa prateada, Sacha Polak, costuma levar para filmes temas difíceis, que poderiam facilmente ser assunto de terapia. A necessidade de se sentir amada, preconceitos, dificuldade de esquecer uma situação, aceitação. No longa em questão, Sacha trata de vários assuntos, como autoaceitação e, também, dificuldade de perdoar. Porém, apesar de ter uma gama de temas, o filme não se torna cansativo ou confuso. Muito pelo contrário, o roteiro passa para o espectador muito bem todos os conflitos da protagonista.
Além disso, Franky não é apresentada de forma piegas ou clichê. Por ter sido vítima de um incêndio, a personagem tem marcas em sua pele que poderiam, em uma narrativa mais lugar comum, transformá-la em uma pessoa que se vitimiza ou que é vista como coitadinha o tempo todo pelos outros. Mas não é isso que Sacha quer passar para quem assiste. E, apesar de não ter uma vida fácil, é possível enxergar Franky para além de suas cicatrizes. Franky é uma personagem complexa, completa e muito bem desenvolvida, tanto pelo roteiro quanto por sua intérprete.
Talvez por já ter trabalhado com Sacha Polak anteriormente, Vicky Knight tem facilidade em transpor para a tela os conflitos internos de Franky sem deixá-la simples demais ou transformá-la em um mártir. Também ajuda ter passado por situações parecidas com as da personagem. O fato é que foi justo o prêmio Teddy Awards que Vicky recebeu, já que consegue trabalhar nos detalhes, algo que nem todo ator tem sucesso.
Fotografia
Apesar de ser um recurso bastante comum, não deixa de ser interessante ver o filme em cores mais frias, já que Franky não tem uma vida fácil e passa por conflitos internos durante todo o filme. Também é possível que tal característica seja por ter sido filmado na Inglaterra, onde não há mesmo muito sol. Todavia, fica claro que Sacha Polak – e também a fotografia de Tibor Dingelstad – quis expressar o interior de Vicky nas cores frias que vemos nas cenas.
Além disso, a escolha de planos abertos quando Vicky se encontra perdida em sua vida e planos mais fechados quando ela começa a se encontrar ajudam a contar a história da protagonista. E, também, de sua coadjuvante, Florence. Aliás, Esme Creed-Miles arrasa na interpretação da menina totalmente sem rumo e influenciável. Se há algo negativo nesse filme é que Florence poderia ter tido mais espaço. E também, talvez, poderia ter havido mais cenas de Franky e Alice. Vicky Knight e Angela Bruce têm uma química muito boa em tela e poderia ter sido mais explorada.
Para resumir, é um filme bastante introspectivo, bonito e reflexivo, que mostra, de forma original, o valor das pessoas que nos rodeiam. Névoa prateada estreia no dia 18 de abril nos cinemas de Brasília e São Paulo.
Por fim, fique com o trailer:
Ficha Técnica
NÉVOA PRATEADA (Silver Haze)
Holanda, Reino Unido | 2023 | 1h42min. | Drama
Direção e roteiro: Sacha Polak.
Elenco: Vicky Knight, Esme Creed-Miles, Archie Brigden, Angela Bruce, Brandon Bendell, Carrie Bunyan, Alfie Deegan, Sarah-Jane Dent.
Produção: Viking Films.
Distribuição: Bitelli Films.
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