Conecte-se conosco

Cinema

Gone | Filme finlandês traz um mochileiro que se teleporta | Fantasporto 2020

Publicado

em

Gone (Poissa) é um filme da Finlândia.

Gone (Poissa) é um filme finlandês dirigido por Arttu Haglund que teve sua estreia internacional na quarta-feira, 04 de março de 2020, no Festival Internacional de Cinema do Porto, o Fantasporto. A sinopse namora com o fantástico. O protagonista Matti está com a filha no carro e, de repente, desaparece. Contudo, não se trata de um evento pontual. A partir desse momento, para o resto da vida, Matti vai ter que lidar com estes desaparecimentos sem explicação e que o levam a conhecer o mundo. A película é considerada um exemplo da vitalidade do cinema finlandês e é o primeiro longa-metragem do diretor Artuu Haglund. Já começa com lindas imagens de paisagens.

O roteiro de Avi Heikkinen tem certa originalidade inicia bem interessante e sugere metáforas. No início do longa-metragem percebemos que Matti está de saco cheio, sendo ironizado pela esposa e estressado com a filha. Ele está querendo desaparecer. Panu Tuomikko tem boa atuação como esse personagem ambíguo que acaba sendo obrigado a se transformar em um mochileiro. Essa é uma ideia bem interessante, porém, faz falta ver mais da interação do personagem ao redor do mundo com outras culturas. No geral, vemos algumas belas paisagens, até porque as filmagens passaram por 30 países e 5 continentes, mas sem grandes aprofundamentos.

Poster de Gone, filme finlandês sobre um mochileiro. Veja no Vivente Andante.
divulgação: Fantasporto 2020

Mochileiro das Galáxias

Matti acaba ficando deslumbrado com esse poder que não consegue controlar e a maravilha de poder conhecer o mundo, mas, consequentemente, sua família começa a ruir. Sua mulher e sua filha se sentem abandonadas e solitárias. Ele acaba passando por muitas dificuldades e tem que ficar o tempo todo segurando a mochila para não aparecer completamente despreparado em qualquer lugar. Das montanhas geladas para o meio da floresta, Matti se teleporta em um piscar de olhos. A esposa Teija (Eeva Putro em atuação ok) sofre bastante e a filha Emma (feita com eficiência por Julia Hemmilä), ainda mais. A impressão é der ser uma metáfora de um homem que está de saco cheio, mas que, aos poucos vai repensando o que realmente valoriza.

Nesse filme finlandês fica o gosto de acompanhar mais a jornada de Matti além das belas paisagens e também a reflexão entre dom ou maldição. Tecnicamente a fotografia é bonita e coerente, mas parece que poderia ter realçado melhor algumas localidades. A direção de Arttu é boa, utilizando bem a profundidade de campo, inserindo tensão e desespero, entre bons closes e planos abertos caprichados.

Afinal, veja o trailer:

Ademais, leia mais:

Tarde Demais Para Morrer Jovem | CRÍTICA
Fotografação | CRÍTICA
Direção de Fotografia no cinema, o que é? Flávio Ferreira explica nesse podcast!

Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

Publicado

em

transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências