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Cinema

UnTrue | Filme filipino surpreende no Fantasporto 2020

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Untrue. Leia a crítica no Vivente Andante.

UnTrue é um filme filipino que se passa na Georgia. Acabamos conhecendo um pouco da cultura desse país, inclusive. Tem uma sequência belíssima mostrando uma dança folclórica da Georgia, o Kartulli. Interessante porque, como é explicado durante esse momento, não há qualquer contato nas danças georgianas. São danças que descrevem tanto o amor quanto o respeito entre o homem e a mulher. Nessa hora fica um contraste entre cenas quentes de sexo e a dança respeitosa, numa bela montagem.

A princípio, assim que começa o filme, temos um close na face machucada de Mara (Cristine Reyes), que conta sobre sua relação com o marido Joachim Castro (Xian Lim). O filme foi uma grata surpresa, um dos melhores que pude assistir até agora na cobertura que venho fazendo do Festival Internacional de Cinema do Porto – Fantasporto. A narração talvez não fosse necessária, pois busca tentar explicar demais. O longa-metragem parece um grande conto sobre sonho e pesadelo e relações abusivas, mas sera que é isso mesmo? Uma consistente fotografia de Boy Yniguez acrescenta bastante ao filme como um todo. É sugestivo vermos um personagem imerso nas sombras, nos permitindo entender as pistas que vão sendo deixadas.

UnTrue é um bom filme filipino com viradas que surpreendem.
divulgação: Fantasporto 2020

Espectador atento

UnTrue consegue prender o espectador, e aos poucos vamos descobrindo os segredos dos protagonistas; que vão se revelando vagarosamente. Ou pelo menos, de acordo com quem está contando a estória. As atuações do casal principal são realmente eficientes, Cristine Reyes e Xian Lim apresentam ótimos trabalhos. O roteiro e a direção de Sigrid Andrea Bernardo estão redondos, apesar do último ato se tornar um pouco cansativo até o bom final que levanta a energia novamente. O roteiro não é genial, mas bem executado no geral.

A Mãe Georgia, Kartlis Deda, também tem papel importante no filme. É assim que se chama a enorme escultura que empunha uma espada em sua mão direita para enfrentar os inimigos e, na esquerda, uvas para receber os amigos. O casal visita alguns pontos turísticos do país, e Sigrid aproveita para nos presentear com belas imagens da joia do Cáucaso. Em suma, um longa-metragem surpreendente.

Afinal, veja o trailer: 

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Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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