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Cinema

Coração Ardente | Filme traz a história de um símbolo cristão entre ficção e realidade

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crítica Coração Ardente Corazon-Ardiente

Baseado em fatos reais, o filme “Coração Ardente” (Corazón Ardiente) tem direção de Andrés Garrigó e Antonio Cuadri, na parte de ficção. Ou seja, o longa mescla imagens reais, em estilo documentário, com uma parte ficcional. Sem dúvidas, é um dos atrativos.

A princípio, vemos a história de Lupe Valdés (Karyme Lozano), uma escritora de sucesso que investiga as aparições do Sagrado Coração de Jesus, em busca de inspiração para o seu próximo romance. Guiada pela jornalista Maria (María Vallejo-Nágera), perita em mistérios, Lupe descobre as revelações de Jesus a Santa Margarida Maria de Alacoque e encontra santos, assassinos, exorcistas, papas, presidentes, conspiradores. Além disso, milagres e crimes. Nessa jornada, Lupe mergulha no autoconhecimento, e reabre velhas feridas.

Em seguida, o filme traz relatos de padres, historiadores e cristãos ao redor do mundo, em especial, Espanha e América Latina, unindo fatos históricos com a caminhada católica e o Sagrado Coração de Jesus. As revoluções francesa e russa são citadas, por exemplo. As teorias levantadas que conectam grandes acontecimentos com esse símbolo da fé católica mexem com o imaginário do espectador. Até o Brasil aparece entre as nações consagradas ao Sagrado Coração de Jesus.

Aliás, confira a música original do filme na bela interpretação de Andréia Zanardi:

A fé, logicamente, é um tema que sobressai e ganha uma abordagem bonita em uma obra assumidamente católica, mas que pode despertar a curiosidade do público em geral. Tem um tom didático e de propaganda, e muitas vezes parece mais um grande vídeo institucional, o que pode incomodar alguns, entretanto, os fenômenos apresentados são extremamente curiosos.

A saber, “Coração Ardente” estreia exclusivamente nos cinemas nesta quinta, dia 10 de março, com distribuição da Kolbe Arte Produções e Magnificat Entretenimento.

Por fim, veja o trailer:

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‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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