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‘Creed 2’ é testosterona e a masculinidade no divã

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crítica creed 2 rocky

Tem filme que é feito simplesmente para gerar emoção, te fazer torcer pelo protagonista e é isso. Sem grande aprofundamento, sem firulas. Creed 2 é assim. Um roteiro simples e funcional, já tradicional da franquia de Rocky e seu derivado. Sylvester Stallone volta ao papel do lutador (agora treinador) que lhe consagrou e que ainda precisa encarar suas decisões do passado com relação a seu velho amigo Apollo Creed e sua própria família.

Aqui pelo menos, temos um “inimigo” mais humano. Dolph Lundgreen é Ivan Drago, pai de Viktor Drago (Florian Monteanu), o qual tem a missão de resgatar a honra e o respeito perdidos após a derrota para Rocky Balboa no Rocky IV.

Michael B. Jordan segue bem como Adonis Creed Johnson, agora campeão dos peso pesados, e Tessa Thompson é charme e beleza como sua esposa Bianca. Contudo, será que importante mesmo é ver aquele treinamento clássico de superação? É o cair e levantar, é quem aguenta mais pancada para vencer o outro e a si mesmo? Sim. E não.

Traumas e o masculino

Creed 2 explora os traumas dos lutadores em questão, os medos, os desejos, as responsabilidades. É uma das virtudes do filme que consegue conduzir o espectador com uma trilha sonora de hip hop e sabe colocar, no timing perfeito o clássico “Gonna Fly Now”, tema do Rocky.

Emociona aqueles que conhecem a franquia, que entendem a fonte em que bebe. É difícil não ouvir essa emblemática canção e ter vontade de se mexer, correr, pular, socar o ar, comemorar como se tivesse vencido um campeonato ou ter vontade de vencer um agora. A música tem gosto de vitória pessoal e é intimamente ligada a um clássico do cinema.

É cinema testosterona, sangue nos olhos, mas que também procura uma certa desconstrução dessa masculinidade, dos egos, ao colocar lágrimas que insistem em descer e revelar angústias e temores dos homens da trama. Os seres do gênero masculino sofrem, são falhos, precisam aprender a pedir ajuda e a desistir quando necessário. Os personagens mostram evolução durante as mais de duas horas de duração do longa-metragem. É sobre isso. E está tudo bem.

Enfim, Creed 2 está disponível na Amazon Prime.

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Por fim, veja um clipe em animação que une Brasil e Cabo Verde:

Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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