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Cinema

Crítica | 45 do Segundo Tempo

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45 do segundo tempo

Não conheci meu bisavô italiano, mas ouvi a sua história, que é como de tantos outros imigrantes. No filme 45 do Segundo Tempo, Pedro Baresi (Tony Ramos) é um descendente de italianos, paulista, palmeirense, que tem uma cantina, mas passa por dificuldades financeiras. O filme já começa engraçado, com a veia cômica de Tony gerando expectativas do que virá pela frente. Em busca de um empréstimo, conta sobre seu avô que veio do país europeu para o Brasil.

Como diz a sinopse oficial, 45 do Segundo Tempo é uma comédia dramática. Esse drama se apresenta sob a forma de um retorno ao passado e as mudanças da vida. Como cada um arca com as consequências das próprias escolhas, amizades se transformam e como isso pode mudar o futuro.

Os personagens de Tony Ramos, Cássio Gabus Mendes (Ivan) e Ary França (Padre Mariano), são amigos de escola que se reencontram após 30 anos e começam a trocar reflexões que provocam o espectador sobre a fragilidade da vida, o cansaço com os desafios e até mesmo a fé. Em que momento a gente se perde da nossa essência? Dos sonhos juvenis?

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Esse elenco e a interação entre eles é o melhor do filme. A cena de Padre Mariano celebrando um casamento após uma ressaca é boa, apesar de que faz o espectador querer mais. O padre se destaca com suas dúvidas, com sua humanidade. Da metade em diante, uma viagem ao passado “glorioso” gera novos ensinamentos. Em verdade, eles resolvem procurar uma nostalgia de tempos mais pueris querendo encontrar algo que se perdeu no decorrer da jornada de cada um.

Por outro lado, Ivan lida com problemas familiares e não entende os rumos de sua família. Sua trama apresenta uma contemporaneidade que engrandece o filme. As metáforas usando o futebol com a vida são funcionais e didáticas, ainda mais pensando no público-alvo da película.

O elenco ainda conta com nomes como Denise Fraga (De Onde Eu Te Vejo e Música para Morrer de Amor e da novela Um Lugar ao Sol), Filipe Bragança (Cinderela Pop e das séries DOM e Só Se For Por Amor, da Netflix) e Louise Cardoso (Tudo bem no Natal que vem e da novela Além do Tempo).

Com direção segura de Luiz Villaça (da série indicada ao Emmy Internacional de Melhor Comédia A Mulher do Prefeito e do filme De Onde Eu Te Vejo), 45 do Segundo Tempo estreia exclusivamente nos cinemas de todo o Brasil no dia 18 de agosto de 2022.

Afinal, se liga no trailer:

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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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