Conecte-se conosco

Cinema

A Desordem que Ficou na Netflix é suspense caprichado

Publicado

em

A desordem que ficou

A Desordem que Ficou (El desorden que dejas) já começa nervoso com um prólogo utilizando a personagem Viruca (Bárbara Lennie). Em seguida, a belíssima abertura da série impressiona. Logo depois, uma bonita flor… e mais pancada. Tudo começa nadando no drama. Conhecemos o cão da raça husky siberiano Nanook (mesmo nome de um documentário antropológico de 1922, Nanook, o Esquimó) e a mãe morta que permeia ao redor de Raquel (Inma Cuesta), que chega para dar aula numa nova escola bem problemática.

O primeiro episódio tem diversas gotas de suspense e planta os problemas que seguem durante a temporada. Ainda por cima, brinca com eficácia no espaço-tempo e na edição até uma revelação importante e um final provocador.

Com roteiro e direção de Carlos Monteiro, é perceptível o capricho da direção de arte, a fotografia soturna reflete nas roupas de tom escuro. Além disso, tem sexo, drogas e poesia. O desequilíbrio é o maior traço da maioria dos personagens.

Um grande jogo de maldades e suspense temperado com literatura é o que espera o espectador viajando entre passado recente e presente intransigente.

Afinal, é mais uma ótima produção espanhola de respeito – e suspeitos.

Enfim, veja o trailer:

Ademais, veja mais:

A Incrível História da Ilha das Rosas na Netflix, vida real e a Ilha das Flores
Os Favoritos de Midas | Em seguida, uma história fechada e curta meio ‘Death Note’
Tranquilo, leve e rápido de assistir é ‘Um Natal Nada Normal’ na Netflix. Entenda!

Por fim, veja o curta “Na Beira”:

Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

Anúncio
Clique para comentar

Escreve o que achou!

Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

Publicado

em

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

Por último, leia mais:

Fé e Fúria | Documentário inédito estreia no Canal Brasil no novo Dia Nacional do Candomblé

Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho | Crítica (viventeandante.com)

Yoga De Rua | Enfim, conheça o extraordinário na simplicidade (viventeandante.com)

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências