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Tranquilo, leve e rápido de assistir é ‘Um Natal Nada Normal’ na Netflix. Entenda!

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Karina e Basti em Um Natal Nada Normal'

Se você sempre busca nos streamings produções bem levinhas para distrair a cabeça em dias mais pesados, a nova minissérie Um Natal Nada Normal, disponível na Netflix, é ideal para isso. Além de ser uma boa oportunidade para se distanciar das criações americanas e conhecer um pouco mais do audiovisual alemão. Com a data natalina como tema central, fato que geralmente chama a atenção de  quem curte comemorar as festas de fim de ano, a minissérie lembra um filme dividido em três partes com aproximadamente 50 minutos de duração cada. É muito tranquilo, leve e rápido de assistir. 

A produção de Um Natal Nada Normal é baseada no livro “7 Kilo in 3 Tagen” escrita por Christian “Pokerbeats” Huber e lançado em 2017. A sinopse adianta que algumas peculiaridades poderão acontecer na trama. Após um teste decepcionante, Bastian vai passar as férias com a família, mas uma revelação chocante causa atritos entre ele e o irmão. Bastian (Lucke Mockdrige) é um músico que deixou o seu vilarejo interiorano em Eifel para seguir a carreira em Berlin, na Alemanha. No entanto, ele tem os seus sonhos frustrados por causa de algumas reprovações em audições, trabalha em um call center e sofre com o fim de seu namoro com Fine (Cristina do Rego).

Basti recebe uma avalanche de notícias da família

Ao retornar para a casa de seus pais no natal, como faz todos os anos, sua vida é tomada por uma avalanche de notícias inesperadas. Em um jantar, informam Bastian que seu irmão Nick (Lucas Reiber) agora tem um relacionamento com a sua ex-namorada e ambos passarão o natal juntos. No decorrer da trama ele descobre que a sua poupança está quase zerada e há um diagnóstico de câncer na família em que todos sabem, exceto ele. Daí em diante é literalmente só ladeira abaixo. Muitos conflitos surgem entre os irmãos, algumas brigas familiares, confusões com seus amigos, um novo romance entre ele e a ex-namorada de Nick, e acima de tudo isso, muito bom humor para retratar essas histórias.

O protagonista derrapa em alguns momentos por causa das suas atitudes imaturas. Contudo, isso se resolve com um exercício de autoconhecimento proposto por Karina (Seyneb Saleh) depois de uma grande exposição de Bastian na noite de natal. Em determinado momento, o músico coloca os seus amigos e a própria família em uma grande saia justa perante a cidade inteira. O roteiro pode até ser  previsível, mas séries levinhas sobre natal geralmente tem essa característica, né?!

Aliás, um fato curioso é a presença de uma atriz brasileira no elenco de ‘Um Natal Nada Normal’. Cristina do Rego é brasileira, nascida no Espírito Santo. Ela se mudou ainda criança para a Alemanha onde segue com a sua carreira de atriz aos 34 anos de idade. Sempre que pode, Cristina faz visitas ao seu país de origem, principalmente no carnaval. Enfim, já até participou de conhecidas produções alemãs como o premiado filme A Onda, dirigido por Dennis Gansel. 

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Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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