Conecte-se conosco

Cinema

Crítica | ‘A Noite do Dia 12’ é bom suspense no Festival Filmelier

Ótimas atuações, boa cinematografia e temas contemporâneos num noir francês

Publicado

em

critica a noite do dia 12

A Noite do Dia 12 (La nuit du 12) é um filme francês sobre investigação, humanidade, feminicídio. Venceu seis prêmios César em 2023, incluindo “Melhor Filme”. A sinopse do Festival Filmelier o coloca como uma “comédia dramática”. Não é. É só drama mesmo. Apesar de alguns poucos momentos cômicos.

O filme acompanha Yohan (Bastien Bouillon), um investigador obcecado pelo caso do assassinato de uma jovem de 21 anos. A direção de Dominik Moll conduz como uma obra de investigação, noir até, mas, na verdade são as nuances humanas o principal aqui.

No geral, as atuações são ótimas. Bouli Lanners, por exemplo, como o policial Marceau, dá um show, em toda sua raiva e problemas pessoais que vão se misturando com o caso misterioso e afetando sua conduta. A eficiente atmosfera de suspense ronda desde o começo e o espectador fica envolto na situação, querendo descobrir o assassino tanto quanto os policiais.

Os personagens que surgem são sempre meio bizarros e todos parecem suspeitos. O filme traz a realidade, tão cruel, e as frustrações que podem advir dela. A Noite do Dia 12 faz um retrato da sociedade contemporânea de uma forma autêntica. Temos toda uma questão de masculinidade tóxica e críticas ao patriarcado durante a exibição e diversas peculiaridades pontuais. Uma simples pergunta como “É bonita?” sobre uma juíza, já diz muito.

Aliás, ajude o Vivente Andante a continuar seu trabalho de jornalismo cultural independente vendo o Link para os Mais Vendidos da Amazon

34 dias

Uma curiosidade é que A Noite do Dia 12 foi filmado em somente 34 dias. Realmente impressionante. Além disso, a cinematografia de Patrick Ghiringhelli merece elogios. Um tom urbano acinzentado de falta de esperança e suas tantas escolhas certeiras ajudam a colocar o espectador naquele árduo mundo investigativo sem nunca ver tudo.

Talvez faça falta uma maior profundidade e alguns diálogos poderiam ser melhores, com uma queda de ritmo mais para o final. Não é o tipo de obra que agrada a maioria. Pode deixar um sabor frustrante na boca, mas, ao mesmo tempo, vemos a evolução de alguns personagens, em especial o protagonista Yohan, que para de dar voltas em torno do mesmo lugar e traça novas metas.

O filme faz parte do Festival Filmelier no Cinema, uma realização da Sofá Digital, que está com a pré-venda de ingressos aberta no site oficial do evento. Vai de 19 de abril a 10 maio, com 20 filmes inéditos em vários cinemas do Brasil.

Afinal, veja o trailer:

Em seguida, leia mais:

O Pastor e o Guerrilheiro | Enfim, confira entrevista exclusiva com Johnny Massaro

Crítica | ‘Herói de Sangue’ é destaque no Festival Filmelier

Festival Filmelier no Cinema leva 20 filmes inéditos a várias cidades do Brasil

Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

Anúncio
Clique para comentar

Escreve o que achou!

Cinema

Museu do Amanhã exibirá filmes da Mostra Ecofalante de Cinema durante a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente 2023

Serão 10 filmes do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais

Publicado

em

Aguas Do Pastaza ecofalante 2023 SEMEIA

Como parte da programação da SEMEIA, a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, o equipamento cultural exibirá 10 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.

A princípio, as sessões acontecerão entre os dias 6 e 9 de junho e contarão com acessibilidade para pessoas surdas. No dia 7, uma das produções contará também com Closed Caption e, no dia 8 de junho, no feriado de Corpus Christi, a exibição terá, ainda, com Closed Caption, audiodescrição e Libras.

Destaques

A programação da mostra abre no dia 6 de junho com o filme “Águas do Pastaza”, sobre a comunidade Suwa, localizada na fronteira entre o Equador e o Peru.

No dia 7, os curtas “Dia de Pesca e de Pescador” e “Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada” falam sobre como o brincar está inserido no dia a dia das crianças indígenas e como o cotidiano dessas comunidades se reproduzem de forma lúdica.

“Crescer onde nasce o sol” se passa numa comunidade onde o brincar parece não ter lugar e este ato se torna quase uma ação de resistência pelas crianças que, brincando, sonham com um futuro melhor. Por fim, “Aurora, a Rua que Queria Ser Rio” traz a história de um rio reprimido e canalizado para dar lugar ao “progresso”.

No dia 8 de junho, o documentário “Mata” abordará a resistência de um agricultor e uma comunidade indígena diante do avanço das plantações de eucalipto. A sessão será a única com Closed Caption, audiodescrição e Libras. Para encerrar, o último dia abre com “Borboletas de Arabuko”, que retrata o ofício de cultivadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Em seguida, “Movimento das Mulheres Yarang” documentou a história de um grupo de mulheres do povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. Por fim, “Meu Arado, Feminino”, destaca a pluralidade feminina do campo e seu elo com a natureza.

SEMEIA

De 5 a 11 de junho, a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, trará uma programação com rodas de conversa, oficinas, filmes, ativações artísticas e shows. Afinal, o objetivo é promover trocas e aprofundamentos sobre temas como preservação da água, saberes tradicionais, soberania alimentar, crise climática, direito à informação e cooperação para a sustentabilidade. Todas as atividades são gratuitas e algumas precisam de inscrição antecipada porque estão sujeitas a lotação.

Em seguida, confira a programação da Mostra Ecofalante durante a SEMEIA:

6 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Filme Águas de Pastaza (Inês T. Alves, Portugal, 60′, 2022) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

7 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Dia de Pesca e de Pescador (Mari Corrêa, Brasil, 2015, 3′) *com Libras

Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada (Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro, Veronica Monachini, Brasil, 2016, 19′) *com Libras

Crescer onde nasce o sol (Xulia Doxágui, 2021, Brasil, 13′)*com Libras e Closed Caption

Aurora, a Rua que Queria Ser um Rio (Redhi Meron, 2021, Brasil, 10′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

8 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Mata (Fábio Nascimento, Ingrid Fadnes, 2020, Brasil / Noruega, 79′) *com Libras, Closed Caption e audiodescrição

Onde: Observatório

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

9 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Onde: Observatório

As Borboletas de Arabuko (John Davies, 2020, Reino Unido, 10′) *com Libras

Yarang Mamin – Movimento das Mulheres Yarang (Kamatxi Ikpeng, 2019, Brasil, 21′) *com Libras

Meu Arado, Feminino (Marina Polidoro, 2021, Brasil, 21′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências