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Crítica

Cidade Invisível | O folclore brasileiro na Netflix , o retorno do Saci e a Lapa mística

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“Cidade Invisível” é a nova série da Netflix Brasil, que exalta nosso folclore e misticismo. Carlos Saldanha, o mesmo diretor de “A Era do Gelo” estreia sua primeira produção Netflix e live-action. A trama conta a história de Gabriela (Julia Konrad)  e seu marido Eric (Marco Pigossi). O início do primeiro episódio já começa com um assassinato e Eric se vê em uma investigação com toques bem sobrenaturais do nosso folclore. Inês (Alessandra Negrini) é uma bruxa e dona de bar nas horas vagas e entrará na historia com uma relação conturbada com Eric.

“Cidade Invisível” é uma séria bonita visualmente, que tem a cara do país e altamente exportável. É bem intrigante pensar que nos conectamos normalmente mais com folclores externos do que com nossa própria história. Ademais, acredito que poderá ser um grande sucesso fora do país. Porém, pelo Brasil, creio que as pessoas vão principalmente não sentir tanta tensão pelo clima divertido em sua maioria das vezes.

Cadê o Saci?

Ter figuras místicas como Boto, Saci, Iara, Curupira e tantos outros é muito bom, principalmente porque acredito que após algumas gerações, perdemos essas histórias e depois dos anos 90 pouca gente conhece realmente a fundo nosso folclore, quiçá antes disso até. Claramente também não é uma série para crianças, mas cabe perfeitamente para adolescentes.  Permita-se crer na narrativa e afundar na história e ela pode reservar surpresas.

Escolheram bem o elenco, o qual segura com eficiência a narrativa. Em especial as filmagens na Lapa, Rio de Janeiro, me trouxeram uma nostalgia. A princípio, vivi por anos indo ao local e sei que o misticismo de lá é realmente intrigante (quem já foi na Lapa sabe, e quem não souber procure histórias sobre). Às vezes algumas ações são caricatas, mas no geral  conseguimos comprar a ideia,  a trilha sonora é um show a parte com músicas folclóricas, funk, diversidade brasileira na veia.

No ano passado, na minha concepção, a série brasileira de destaque foi “Desalma”, da Globoplay (crítica aqui)  Seria “Cidade Invisível” a série brasileira de 2021 ou é muito cedo? Acha que vai fazer sucesso e levar nosso nome para fora do país como 3%?  Só o tempo dirá. O que você me diz? Comente abaixo!

Aliás, se liga no trailer:

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Coreógrafo de Danças Urbanas e produtor cultural. Amante de K-pop e viciado em séries. Eterno estudante de marketing, linguagem corporal e inteligência social.

Cinema

Crítica | ‘John Wick 4: Baba Yaga’ é um épico de ação

A aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele derrotar a Alta Cúpula

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John Wick 4 traz novamente Keanu Reeves como um matador incomparável

O novo filme do assassino John Wick é apontado como o melhor da franquia. Mas por que? A princípio, o elenco cresce com atores como Donnie Yen (O Grande Mestre), Hiroyuki Sanada (Mortal Kombat), Shamier Anderson (Passageiro Acidental) e Bill Skarsgard (IT: A Coisa). Além disso, Aimée Kwan como Mia encanta com beleza e ferocidade. São ótimas aquisições e até abrem espaço para o futuro. Todos atuam com eficiência e tem carisma.

Na sinopse ofical, a aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele finalmente derrotar a Alta Cúpula. Mas, antes que possa ganhar a liberdade, deve enfrentar um novo e cruel inimigo com alianças em todo o mundo e capaz de transformar amigos em inimigos.

Com a direção de Chad Stahelski, o filme é o mais longo da franquia com 2h49, mas nem parece. Passa rápido, pois é extremamente frenético. John parece um super-herói invencível e imortal. Seu terno é uma armadura potente, inacreditável. Contudo, não é um filme sobre credulidade e sim sobre ação desenfreada. A base é tiro, porrada e bomba, mas com espaço para planos bastante criativos, uma cenografia impressionante. A direção de arte merece os parabéns, bem como a cinematografia de Dan Laustsen e seus jogos de cores. As cenas no Japão, a sequência entre obras de arte orientais, e os tiroteios em Paris são criativos e a direção de Chad Stahelski não deixa o ritmo cair.

O melhor John Wick

Como já citei, John Wick 4: Baba Yaga está sendo visto como o melhor da franquia. Não posso dizer algo sobre isso pois não vi os anteriores, talvez somente cenas aleatórias. Sou daqueles que acha que um filme deve funcionar sozinho, mesmo sendo uma sequência e que você não tenha visto nenhum dos outros. Dessa forma, afirmo que esse funciona. Não senti falta de ter assistido o que aconteceu antes e não precisei disso para entender o que ocorria ali. Ou seja, mais um ponto para o longa. Pude me divertir e aproveitar aquele entretenimento sem preocupações. E é para isso que o filme serve. É exatamente o que busca entregar, e consegue.

Em verdade, talvez esse seja um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos tempos. Há cenas belíssimas e divertidas. No clímax, a longa cena da escada até Sacre Couer no terceiro ato apresenta boas coreografias e comicidade na subida até o inferno. O diretor conduz muitas vezes como um videogame, escolhendo ângulos que nos colocam dentro daquela zona de guerra.

Afinal, John Wick 4: Baba Yaga chega aos cinemas em 23 de março.

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