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Crítica

Desalma | Série de terror da Globoplay proporciona calafrios

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Desalma

Desalma se passa em Brígida, uma cidade fundada por ucranianos. A saber, é uma cidade fria que lembra muito outras séries de origem europeias. É importante citar a cidade pois ela acaba sendo a personagem principal, com vários acontecimentos estranhos, e uma celebração chamada Ivana – Kupala, que vem da tradição eslava. 

Dessa forma, coisas estranhas acontecem, e o ar de tensão é constante na série. A princípio, o personagem mirim Anatoli (João Pedro Azevedo) lembra muito o garotinho de The Omen (A Profecia). Inicialmente, essa primeira temporada gira em torno de Roman Skavronsky (Eduardo Borreli / Nikolas Antunes), que aparece morto em uma cachoeira. Além da tal celebração, que é um acontecimento muito importante da cidade. 

A série passeia de 30 anos atrás até os dias atuais, mostrando a maturidade dos jovens da época, e como os acontecimentos do passado ainda assombram aquele lugar. 

Místico

O misticismo combinado com a fotografia e mixagem de som são destaques que fazem essa série ser um ponto fora da curva. Aliás, confesso que se tratando de séries brasileiras não vi nada parecido. Isso por si só vale a espiadinha no primeiro episódio, cheio de terror psicológico e sem grandes efeitos – o que, particularmente, proporciona ainda mais tensão.

Não poderia deixar de destacar a atriz Cássia Kiss como Haia e Claudia Abreu como Ignes, ambas desempenham os papeis com muita eficiência. Haia como uma bruxa temida e que sempre deixa o ar com mistério e tensão. Por outro lado, Ignes como uma mulher cheia de dúvidas e preocupações com o filho. 

As tradições culturais, tão diferentes para a gente, fazem enxergar melhor a diversidade do nosso país e como poderíamos contar mais histórias fora do eixo Rio-São Paulo.  

Interessante ressaltar que a maior parte da série foi gravada no Rio Grande do Sul, sendo boa parte em São Francisco de Paula, uma cidade do interior que eu tive o prazer de conhecer – e é muito bonita. A saber, tem exatamente esse ar da série, ou seja, uma cidade pequena com clima frio e ar misterioso. 

Desalma já está confirmada com uma segunda temporada, e acredito que a série ainda crescerá muito na sua segunda temporada. 

Por fim, olha só o trailer:

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Coreógrafo de Danças Urbanas e produtor cultural. Amante de K-pop e viciado em séries. Eterno estudante de marketing, linguagem corporal e inteligência social.

Cinema

Crítica | ‘John Wick 4: Baba Yaga’ é um épico de ação

A aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele derrotar a Alta Cúpula

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john wick 4

John Wick 4 traz novamente Keanu Reeves como um matador incomparável

O novo filme do assassino John Wick é apontado como o melhor da franquia. Mas por que? A princípio, o elenco cresce com atores como Donnie Yen (O Grande Mestre), Hiroyuki Sanada (Mortal Kombat), Shamier Anderson (Passageiro Acidental) e Bill Skarsgard (IT: A Coisa). Além disso, Aimée Kwan como Mia encanta com beleza e ferocidade. São ótimas aquisições e até abrem espaço para o futuro. Todos atuam com eficiência e tem carisma.

Na sinopse ofical, a aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele finalmente derrotar a Alta Cúpula. Mas, antes que possa ganhar a liberdade, deve enfrentar um novo e cruel inimigo com alianças em todo o mundo e capaz de transformar amigos em inimigos.

Com a direção de Chad Stahelski, o filme é o mais longo da franquia com 2h49, mas nem parece. Passa rápido, pois é extremamente frenético. John parece um super-herói invencível e imortal. Seu terno é uma armadura potente, inacreditável. Contudo, não é um filme sobre credulidade e sim sobre ação desenfreada. A base é tiro, porrada e bomba, mas com espaço para planos bastante criativos, uma cenografia impressionante. A direção de arte merece os parabéns, bem como a cinematografia de Dan Laustsen e seus jogos de cores. As cenas no Japão, a sequência entre obras de arte orientais, e os tiroteios em Paris são criativos e a direção de Chad Stahelski não deixa o ritmo cair.

O melhor John Wick

Como já citei, John Wick 4: Baba Yaga está sendo visto como o melhor da franquia. Não posso dizer algo sobre isso pois não vi os anteriores, talvez somente cenas aleatórias. Sou daqueles que acha que um filme deve funcionar sozinho, mesmo sendo uma sequência e que você não tenha visto nenhum dos outros. Dessa forma, afirmo que esse funciona. Não senti falta de ter assistido o que aconteceu antes e não precisei disso para entender o que ocorria ali. Ou seja, mais um ponto para o longa. Pude me divertir e aproveitar aquele entretenimento sem preocupações. E é para isso que o filme serve. É exatamente o que busca entregar, e consegue.

Em verdade, talvez esse seja um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos tempos. Há cenas belíssimas e divertidas. No clímax, a longa cena da escada até Sacre Couer no terceiro ato apresenta boas coreografias e comicidade na subida até o inferno. O diretor conduz muitas vezes como um videogame, escolhendo ângulos que nos colocam dentro daquela zona de guerra.

Afinal, John Wick 4: Baba Yaga chega aos cinemas em 23 de março.

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