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Crítica

Cobra Kai | Série tem a vantagem de não ser maniqueísta, entenda

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Crítica Cobra Kai

Cobra Kai foi uma série original do YouTube. Quando eu vi algo sobre foi uma daquelas ideias que meio que ninguém pediu, sobre uma “continuação” de Karate Kid. Levei algum tempo pra ver, achava que poderia ser bobo – e estava completamente enganado.
Ter a visão da Cobra Kai das coisas faz uma diferença ENORME para toda a trama, trazendo dramas e conflitos dignos de um anti- herói.

A série mostra como a vida pode ser dura para alguns e bem mais tranquilas para outros, a partir de escolhas. Então, essa visão nos dá a ideia de que não devemos enxergar apenas um aspecto da vida, mas todos em conjunto. Afinal, são esses aspectos que moldam quem nós somos e podem definir pra onde vamos.

Daniel Larusso é um empresário bem sucedido, com concessionárias. Enquanto Johnny Lawrence  é um instalador, tem problemas com álcool e, aparentemente, sozinho no mundo.

Encontros e Desencontros

Durante as duas temporadas vemos o desenrolar entre encontros e desencontros dos protagonistas. A volta do Cobra Kai que se torna para jonnhy uma boa ação ajudando o seu vizinho miguel/ uma vingança ao daniel e mostrando que ele ainda pode fazer o nome do cobra kai forte, todo o contexto dele com o filho, que o daniel acaba se aproximando depois e etc, todo o desenrolar se torna interessante, mas uma coisa me deixou extremamente vidrado na série, NÃO TEM BOM E MAU.

Você uma hora vai achar atitudes boas em um personagem, ruins em outro, depois eles trocam. Em seguida, entendemos a razão daquelas atitudes. Logo após, vemos que tomou mais atitudes ruins, e assim vai na série inteira. Ou seja, a vida é assim, erramos, aprendemos, erramos de novo, aprendemos, não tem ninguém 100% bom ou mal. Existem vivências, escolhas e mágoas que nos fazem tomar atitudes.

Falcão, um lutador

Identifiquei-me com o Falcão, não por ter sofrido bullying ou algo assim, mas simplesmente porque ele criou uma casca pra se defender. Internamente o personagem ainda tinha as mesmas preferências, mesmos gostos, ainda se mostra como o mesmo garoto nerd as vezes. Contudo, sabe que as situações que passou por ser daquela forma não foram boas e não quer voltar a isso. Você pode até não concordar, mas é compreensível.

Todos os personagens sem exceção têm suas vidas impactadas pelo ambiente ao redor, e hora ou outra deixam a emoção tomar conta ao invés da razão. Isso fez pra mim, de uma série que a princípio seria apenas pela nostalgia e pra ser divertida e leve, algo que pode ser amplamente explorado e debatido.

Se você já assistiu, pense nas diferentes possibilidades de ações a partir de uma cena mais intensa, quando normalmente algum personagem se toma pela emoção. Se não assistiu, assista e preste atenção nisso. Enfim, muito provavelmente a terceira temporada virá mais focada no Johnny Lawrence e Daniel Larusso, e isso vai tornar as coisas mais densas. Será que veremos eles se unindo? Vamos aguardar.

Aliás, veja o trailer:

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Cinema

Crítica | ‘John Wick 4: Baba Yaga’ é um épico de ação

A aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele derrotar a Alta Cúpula

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john wick 4

John Wick 4 traz novamente Keanu Reeves como um matador incomparável

O novo filme do assassino John Wick é apontado como o melhor da franquia. Mas por que? A princípio, o elenco cresce com atores como Donnie Yen (O Grande Mestre), Hiroyuki Sanada (Mortal Kombat), Shamier Anderson (Passageiro Acidental) e Bill Skarsgard (IT: A Coisa). Além disso, Aimée Kwan como Mia encanta com beleza e ferocidade. São ótimas aquisições e até abrem espaço para o futuro. Todos atuam com eficiência e tem carisma.

Na sinopse ofical, a aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele finalmente derrotar a Alta Cúpula. Mas, antes que possa ganhar a liberdade, deve enfrentar um novo e cruel inimigo com alianças em todo o mundo e capaz de transformar amigos em inimigos.

Com a direção de Chad Stahelski, o filme é o mais longo da franquia com 2h49, mas nem parece. Passa rápido, pois é extremamente frenético. John parece um super-herói invencível e imortal. Seu terno é uma armadura potente, inacreditável. Contudo, não é um filme sobre credulidade e sim sobre ação desenfreada. A base é tiro, porrada e bomba, mas com espaço para planos bastante criativos, uma cenografia impressionante. A direção de arte merece os parabéns, bem como a cinematografia de Dan Laustsen e seus jogos de cores. As cenas no Japão, a sequência entre obras de arte orientais, e os tiroteios em Paris são criativos e a direção de Chad Stahelski não deixa o ritmo cair.

O melhor John Wick

Como já citei, John Wick 4: Baba Yaga está sendo visto como o melhor da franquia. Não posso dizer algo sobre isso pois não vi os anteriores, talvez somente cenas aleatórias. Sou daqueles que acha que um filme deve funcionar sozinho, mesmo sendo uma sequência e que você não tenha visto nenhum dos outros. Dessa forma, afirmo que esse funciona. Não senti falta de ter assistido o que aconteceu antes e não precisei disso para entender o que ocorria ali. Ou seja, mais um ponto para o longa. Pude me divertir e aproveitar aquele entretenimento sem preocupações. E é para isso que o filme serve. É exatamente o que busca entregar, e consegue.

Em verdade, talvez esse seja um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos tempos. Há cenas belíssimas e divertidas. No clímax, a longa cena da escada até Sacre Couer no terceiro ato apresenta boas coreografias e comicidade na subida até o inferno. O diretor conduz muitas vezes como um videogame, escolhendo ângulos que nos colocam dentro daquela zona de guerra.

Afinal, John Wick 4: Baba Yaga chega aos cinemas em 23 de março.

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