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Cinema

Crítica | ‘Era Uma Vez Um Gênio’ é visualmente lindo

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Era uma vez um Gênio crítica

Uma história sobre contar histórias. Um conto de amor. Era Uma Vez Um Gênio (Three Thousand Years of Longing) traz dois grandes atores, Idris Elba e Tilda Swinton, como o gênio e a acadêmica Alithea, respectivamente.

O diretor George Miller (Mad Max) conduz o espectador, entre muitos bons ângulos e planos, por uma aventura fantástica onde ela encontra um gênio que precisa realizar três desejos para ser libertado de uma vida solitária que já dura 3000 anos. Entretanto, Alithea é uma mulher inteligente, estudiosa de narratologia, e sabe que nenhuma história de gênios e desejos acaba bem. Dessa forma, decide não fazer nenhum. A partir disso, o gênio começa a contar sobre sua jornada até aquele momento para tentar convencê-la do contrário.

Alithea é a narradora, porém, tal papel é revezado com o gênio. A primeira parte do longa é basicamente em cima dos percalços do personagem de Idris Elba. É fascinante ver como ele passa pela vida dos lendários Salomão e a rainha de Sabá, além de outras pessoas.  A película é visualmente incrível, com caprichada direção de arte de Nicholas Dare e Sophie Nash que leva o espectador por diversas épocas, permitindo uma bela viagem auxiliada pela imersão da tela grande do cinema.

Ciência e magia

Era Uma Vez Um Gênio parece ser mais longo do que é, por vezes, dá uma sensação de arrastamento, contudo, em seu subtexto, coloca a luta da ciência contra a magia, o estranhamento e as semelhanças entre ambos, e o cinema como um possível escapismo lúdico e mágico da realidade.

Além disso, solidão é outro tema de destaque. O gênio e Alithea são dois solitários apaixonados por histórias, caçadores de contos. Ela escolhe aquela lembrança na loja (a garrafa com o gênio) por sentir que ali tinha uma boa história, a qual acaba por mudar a dela.

O longa, perdoe o trocadilho, deixa a desejar, pois fica um ar de que poderia ser melhor e realmente emocionar o espectador, o que não acontece, infelizmente. Por fim, os protagonistas encontram um no outro o que mais ansiavam e o terceiro ato é então um novo conto, o qual encerra os desejos de ambos.

Enfim, Era Uma Vez Um Gênio estreia em 01 de setembro de 2022 exclusivamente nos cinemas.

Em seguida, o trailer:

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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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