Fogo Sombrio (Fuego Negro) é um filme mexicano no catálogo da Netflix. Namora com a bizarrice e me fez lembrar “Desejo de Matar”, em certos momentos. Só bem no início. E bem de longe. Franco (Tenoch Huerta) é um criminoso que chega a um hotel barato e assustador focado na missão de achar sua irmã. Entretanto, no meio do caminho conhece a garçonete Rubi (Eréndira Ibarra) com quem tem tórridas cenas. Porém, é tudo muito caricato e exagerado, inclusive o figurino.
Como já citei, a questão da bizarrice salta aos olhos. São vários personagens muito bizarros. Provavelmente todos. Recordei de filmes trash de antigamente, pela sua aura de terror e tosquice. Ao mesmo tempo, senti uma cara de filme de super-herói de baixo orçamento dos anos 90 na primeira metade. Ele opta por esse caminho de estranheza e utiliza de diversos símbolos esotéricos e do ocultismo, seja em tatuagens, quadros, espelhos e reflexos. A fotografia é escura demais, ineficiente.
Apesar de parecer escolher o caminho do tosco propositadamente, o exagero incomoda em vários momentos, com sequências sem pé nem cabeça. Indubitavelmente, as cenas de ação são muito ruins. Enfim, mal dirigido e mal escrito por Bernardo Arellano, o filme parece mais um pesadelo daqueles que você fica querendo acordar. Fogo Sombrio pode agradar quem gosta de coisas toscas ou gostaria de ver uma novela mexicana de terror. Mas deixa um gosto ruim na boca.