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critica o Auto da Boa Mentira credito Helena Barreto2
NotíciasCinemaCrítica

Crítica | ‘O Auto da Boa Mentira’ traz Suassuna de volta aos cinemas

Por
Carolina Caldas
Última Atualização 30 de março de 2023
5 Min Leitura
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divulgação (crédito: Helena Barreto)
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“O Auto da Boa Mentira” é baseado em histórias de Ariano Suassuna, não diretamente de seus livros, mas retirado de suas aulas espetáculo ou entrevistas. O filme se divide em quatro histórias independentes, tendo apenas a mentira como fio condutor. Como explicou o próprio autor “minha vida não acontece nada e eu gosto de contar história. Se eu não contar mentira, o que é que eu vou contar?”.

São essas mentiras, ou melhor, causos, o enredo de personagens completamente diferentes presentes no filme.

As histórias e seus personagens

Na primeira história, Helder (Leandro Hassum), um homem de vida sem graça assume a identidade de um grande ator de stand-up. Sua vida pacata se torna conturbada após conhecer Caetana (Nanda Costa). Às vezes, ter a sorte mudando completamente da noite para o dia pode não trazer felicidade.

Em diversos momentos, é fácil relacionar o personagem com o próprio ator em tela, o que enriquece a cena. Como dito em entrevista concedida pelo próprio Leandro Hassum: “Até onde essa mentira é engraçada? Até onde essa história se torna um perigo? Até onde você pode ir com essa mentira e não te afetar?”. Esses são questionamentos que surgem  no filme para o espectador.

No segundo causo, temos uma mãe (Cássia Kiss) que mentiu para o filho (Fabiano Goés) sobre sua paternidade. Enquanto ele busca compreender sua verdadeira identidade, mais descobre sobre as histórias que rodeavam sua infância. Talvez, seja na essência, a história que mais lembra os contos de Ariano Suassuna, por se passar numa cidade do interior e ter o circo como um elemento de destaque para o enredo. Segundo Fabiano Goés, “Suassuna tem a habilidade de mostrar o Nordeste que não é o do chão rachado.”

Janela

Já para o ator Luís Miranda, “Ariano abre uma janela para ver o Nordeste, mas não apenas isso. O Nordeste é também espalhado por outros afluentes.” E isso aparece na terceira história. Ela se passa no Rio de Janeiro, o que pode parecer muito distante do autor, mas se encaixa no filme.

Nela, o gringo Pierce (Chris Mason) mente sobre ter sofrido um assalto dentro da comunidade, onde trabalha como guia turístico, para não ter que se desculpar com um amigo. A notícia chega ao chefe do tráfico (Jesuíta Barbosa) e os personagens tem que descobrir como lidar com a consequência violenta da mentira.

Por fim, temos a história de uma jovem que nunca foi à Disney. Lorena (Cacá Ottoni) é uma estagiária invisível na empresa de um famoso publicitário (Luís Miranda) e descobre que o mundo, para algumas pessoas, é dividido entre quem já foi à Disney – e sabe falar francês – e outros.

Diversidade brasileira

Essa mistura contemporânea, urbana, dinâmica, das histórias adaptadas de Ariano Suassuna, diverte o espectador. Pode ser que cause estranheza para quem for ao cinema esperando um filme semelhante ao “Auto da Compadecida”, mas isso apenas demonstra a habilidade do autor em contar diferentes histórias.

O trabalho bem feito do filme sob direção de José Eduardo Belmonte, produzido por Luciana Pires com roteiro de João Falcão, Tatiana Maciel e Célio Porto traz a riqueza e a pluralidade, de locais e personagens, presente nas histórias nacionais.

Com distribuição da Imagem Filmes,  “O Auto da Boa Mentira” está nos cinemas brasileiros a partir de 29 de abril de 2021.

Enfim, veja o trailer de “O Auto da Mentira”:

Ademais, leia mais:
O Despertar da Lenda | Crônica de um heroísmo
Tigertail e o choro contido | Crônica
Sérgio e o Buda | Crônica

Por fim, veja o curta “Na Beira”:

Tags:critica o Auto da Boa Mentira
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4 Comentários
  • Thais R. Moulin's avatar Thais R. Moulin disse:
    29 de abril de 2021 às 10:49

    Crítica maravilhosa!!!

    Responder
  • Hélia Calvet's avatar Hélia Calvet disse:
    1 de maio de 2021 às 08:21

    Deu vontade danada se ver o filme…

    Responder
  • Hélia Calvet's avatar Hélia Calvet disse:
    1 de maio de 2021 às 08:25

    Muito bom texto!

    Responder

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