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Crítica

Move | Série documental sobre vertentes da dança é envolvente

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Move Netflix e a dança

Move já está na Netflix. Uma série documental sobre dança e, se você curte de alguma forma essa arte, se torna quase obrigatório assistir. Cada episódio conta a história de alguma dança específica. Começamos com as danças urbanas. Jon Boogz e Lil Buck são dois dançarinos mundialmente famosos, e que contam um pouco das suas histórias.  

“Usar a dança pra curar feridas” – Lil Buck  

Normalmente as histórias das danças urbanas (HIp Hop) estão completamente interligadas com a história dos negros americanos, das gangues e da violência. A ideia de mostrar como se constrói um dançarino, principalmente com o popping que é a base das danças urbanas, e a ideia de treinamento, como um dançarino chega até o freestyle, tudo isso são elementos que compõem a vida de um dançarino.  

Certamente, falar com o corpo é uma arte, transmitir os sentimentos e a percepção da música, a musicalidade, tudo isso faz com que a dança seja um tipo de expressão única, a qual pode fazer rir ou chorar, sem falar uma única palavra.  

As danças urbanas são resistência, algo que veio literalmente da rua, onde as pessoas sofreram opressões. Portanto, essas danças carregam muita dor e muita história. Quando você consegue apresentá-la de uma forma diferente da que as pessoas estão acostumadas a vê-la é um choque cultural bem grande. Apresentações como as deles, em cima de música clássica mostram a força de uma dança que saiu das ruas e ganhou o mundo. 

E esse foi só o primeiro episódio de Move, né? 

Depois temos o contemporâneo com o estilo gaga, o flamenco, dancehall e Kathak. Iremos ver como cada um dos citados impactou o meio da dança – e como a dança também impactou a vida dessas pessoas. A construção do documentário é ótima, mostrando diferentes perspectivas de dançarinos ao redor do mundo e com experiência em diferentes danças. Afinal, isso deixa tudo mais interessante, ao demonstrar como a vivência traz uma maturidade corporal. Além disso, como algumas ideias que aparentemente são bem loucas podem trazer percepções muito interessantes.

Desconstruir é necessário para uma construção única de uma linha de movimentos, assim como desconstruir ideias é necessário para construção de ideais fortes, de novas percepções de mundo e de felicidade. A filosofia e a psicologia andam juntas com a arte, a dança faz parte disso e essa série deixa bem claro que qualquer expressão e comunicação humana move o ser humano para um outro estágio. 

Enfim, veja o trailer:

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Dançarina Faby TiZee | “Você passa a enxergar todo o desempenho e técnica envolvida durante a apresentação”
 

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Cinema

Crítica | ‘John Wick 4: Baba Yaga’ é um épico de ação

A aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele derrotar a Alta Cúpula

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john wick 4

John Wick 4 traz novamente Keanu Reeves como um matador incomparável

O novo filme do assassino John Wick é apontado como o melhor da franquia. Mas por que? A princípio, o elenco cresce com atores como Donnie Yen (O Grande Mestre), Hiroyuki Sanada (Mortal Kombat), Shamier Anderson (Passageiro Acidental) e Bill Skarsgard (IT: A Coisa). Além disso, Aimée Kwan como Mia encanta com beleza e ferocidade. São ótimas aquisições e até abrem espaço para o futuro. Todos atuam com eficiência e tem carisma.

Na sinopse ofical, a aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele finalmente derrotar a Alta Cúpula. Mas, antes que possa ganhar a liberdade, deve enfrentar um novo e cruel inimigo com alianças em todo o mundo e capaz de transformar amigos em inimigos.

Com a direção de Chad Stahelski, o filme é o mais longo da franquia com 2h49, mas nem parece. Passa rápido, pois é extremamente frenético. John parece um super-herói invencível e imortal. Seu terno é uma armadura potente, inacreditável. Contudo, não é um filme sobre credulidade e sim sobre ação desenfreada. A base é tiro, porrada e bomba, mas com espaço para planos bastante criativos, uma cenografia impressionante. A direção de arte merece os parabéns, bem como a cinematografia de Dan Laustsen e seus jogos de cores. As cenas no Japão, a sequência entre obras de arte orientais, e os tiroteios em Paris são criativos e a direção de Chad Stahelski não deixa o ritmo cair.

O melhor John Wick

Como já citei, John Wick 4: Baba Yaga está sendo visto como o melhor da franquia. Não posso dizer algo sobre isso pois não vi os anteriores, talvez somente cenas aleatórias. Sou daqueles que acha que um filme deve funcionar sozinho, mesmo sendo uma sequência e que você não tenha visto nenhum dos outros. Dessa forma, afirmo que esse funciona. Não senti falta de ter assistido o que aconteceu antes e não precisei disso para entender o que ocorria ali. Ou seja, mais um ponto para o longa. Pude me divertir e aproveitar aquele entretenimento sem preocupações. E é para isso que o filme serve. É exatamente o que busca entregar, e consegue.

Em verdade, talvez esse seja um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos tempos. Há cenas belíssimas e divertidas. No clímax, a longa cena da escada até Sacre Couer no terceiro ato apresenta boas coreografias e comicidade na subida até o inferno. O diretor conduz muitas vezes como um videogame, escolhendo ângulos que nos colocam dentro daquela zona de guerra.

Afinal, John Wick 4: Baba Yaga chega aos cinemas em 23 de março.

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