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Não! Não Olhe!
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Crítica | ‘Não! Não Olhe!’ traz o terror e o encantamento diante do desconhecido

Por
Rodrigo Adami
Última Atualização 29 de março de 2023
5 Min Leitura
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Qualquer um que avistasse um OVNI (Objeto Voador Não Identificado) passaria por um misto de emoções: medo, receio, encantamento e curiosidade. É isso que um espetáculo nos causa, seja ele bom ou ruim, e é disso que Jordan Peele vai tratar em Não! Não Olhe! (Nope, no original).

Quando uma chuva de objetos aleatórios resulta na morte de seu pai, os irmãos OJ (Daniel Kaluuya) e Emerald Haywood (Keke Palmer) tentam capturar evidências em vídeo de um OVNI com a ajuda de um funcionário de loja de tecnologia e um documentarista.

A família Haywood é descendente do que se pode considerar o primeiro ator de cinema. Em 1878, o fotógrafo Eadweard Muybridge colocou em sequência, fotos de um tratador de animais cavalgando. Isso gerou uma imagem em movimento que pode ser considerado o início do cinema. Muybridge ficou famoso, mas o tratador, que era negro, foi esquecido.

Não! Não Olhe! o risco

Agora os Haywood cuidam de um rancho que treina cavalos para produções Hollywoodianas. Mas os negócios vão mal após a morte de Otis (Keith David), e movidos pelo misto de emoções de ter um OVNI pairando a propriedade, os irmãos decidem se colocar em risco para fazer a primeira filmagem nítida de algo tão extraordinário.

Além da trama com a misteriosa nave, o filme mostra o caso de uma antiga série onde um dos astros matou quase todo o elenco durante uma gravação. Ele era um chimpanzé que entrou em fúria por falta de cuidado da equipe. Anos mais tarde ainda existem fãs obcecados por essa história e que pagam caro para ver fotos e objetos originais, inclusive as roupas que os atores usaram no fatídico dia. Essa trama paralela reforça a motivação dos irmãos de arriscar a vida atrás de fama e dinheiro.

Medo do desconhecido

Jordan Peele nos coloca do lado dos atores olhando para cima, ele quer que o público sinta todo o pavor de ser tão indefeso diante de algo extraterrestre. O som que a nave faz e a trilha sonora que a acompanha são extremamente desconfortáveis. É para grudar na cadeira do cinema e não tirar os olhos da tela.

Uma das inspirações de Peele, foi Contatos Imediatos do Terceiro Grau de Steven Spielberg. No filme de 1977, as luzes das naves no meio da noite causavam esse misto de medo e encanto. Já em Não! Não Olhe!, boa parte das cenas são durante o dia e o OVNI tem um visual muito simples, mas consegue o mesmo efeito pela sua movimentação rápida e ora furtiva, ora agressiva. Ambas causam interferências em eletrônicos, um artifício que ajuda muito na construção de momentos de tensão.

Mesmo que o terror só aumente, principalmente após o plot twist, a comédia está presente e com um timing perfeito. Kaluuya e Palmer tem uma boa dinâmica que vai garantir boas risadas mas também um aperto no coração quando eles estiverem em risco.

Conclusão

Mais uma vez Jordan Peele entrega um filme de terror pop que vai nos trazer reflexões. O apagamento dos negros no cinema não poderia faltar, mas aqui a principal é sobre o espetáculo do macabro que aceitamos tão bem. Gostamos de histórias reais de sofrimento e morte, seja com humanos ou animais. E até que ponto nos colocamos em risco por fama ou dinheiro? A internet nos dá os mais diversos exemplos disso, temos desde os podcasts de crimes reais a pessoas se arriscando em locais perigosos para garantir a curtida em seus vídeos.

Por fim, Não! Não Olhe! estreia dia 25 de Agosto nos cinemas. Fique com o trailer de Não! Não Olhe! :

Ademais, leia mais:
Crítica | Maior que o Mundo
‘A Viagem de Pedro’ pela Pequena África | Filme de Laís Bodanzky fez sua pré-estreia com passeio histórico
Crítica | 45 do Segundo Tempo

Por fim, veja um clipe em animação que une Brasil e Cabo Verde:

Tags:criticaDaniel KaluuyaJordan PeeleNão Não Olhe
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PorRodrigo Adami
Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.
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