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Crítica | O Chamado 4: Samara Ressurge

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O Chamado 4: Samara Ressurge na verdade não é uma continuação da franquia americana, apesar do nome dar a entender isso. O longa é um filme japonês chamado Sadako DX, de 2022. Aliás, não é totalmente do gênero de horror, mas sim uma comédia de terror.  Além disso, é um spin-off da franquia japonesa, o que permite usar as bases do filme da Sadako, porém com a liberdade e criatividade de poder reinventar as coisas justamente por não estar realmente preso a franquia original.

A princípio, a história mostra que no Japão as pessoas que estão assistindo um vídeo amaldiçoado subitamente morrem em apenas 24h. Ayaka Ichijo, uma estudante de pós-graduação com 200 de QI tenta revelar o mistério por trás do vídeo antes que sua irmã morra.

Só pela sinopse já dá para perceber que a própria maldição foi modificada no filme, ao contrário dos 7 dias, agora temos 24h para tentar sobreviver. O longa é realmente um capítulo isolado de tudo que veio antes no Japão. Mostra suas próprias questões e problemas e cita a maldição dos filmes anteriores apenas como base para justificar a mudança na maldição. Em suma, não há necessidade de ter visto qualquer um dos filmes, seja japonês ou até americano, para ver e entender este filme.

Aliás, veja o trailer, e siga lendo:

A trama é bem simples, com personagens que em um primeiro momento podem até parecer bem sérios, mas que vão mostrando um pouco seu lado do “ridículo”. Porém esse “ridículo” é muito bom para gerar algumas cenas de comédia e outras com leve tensão de “agora ela vai pensar e achar a solução”. Vale a pena ressaltar que a interpretação japonesa é diferente da americana ou brasileira e que alguém não acostumado, seja vendo doramas ou até animes, pode estranhar muito e achar as atuações horríveis. Embora não seja especialista em atuação japonesa, por consumir material do país não é o tipo de atuação que me tira a concentração do filme ou que acho feia, só é diferente, e quando se acostuma conseguimos nos divertir e apreciar.

As soluções e conclusões do filme também são bem convenientes ou passam uma sensação de não fazer sentido algum, “mas tudo bem, vamos só assistir e ver no que vai dar”. Acaba não dando uma sensação de serem realmente ruins ou frustrantes, se você estiver esperando uma comédia de terror.

O filme até tem umas questões interessantes e críticas interessantes, como o fato da internet e as pessoas fazerem de tudo, até a morte, como um grande espetáculo de entretenimento que gera inclusive dinheiro. Breves comentários em relação ao “antigo” e o “novo”, como o passado pode ser completamente esquecido e apagado devido a nós ficarmos nos alienando em relação a ele. No longa, há também breves comentários de jovens perguntando inclusive “o que é um VHS?”. O que acaba também funcionando bem como uma piada.

Por fim, O Chamado 4: Samara Ressurge, pode proporcionar entretenimento e diversão caso você veja ciente que é uma comédia com toques de terror. Porém, se você for esperando um filme de horror, ainda mais uma continuação dos americanos, como o nome dá a entender, a decepção será incrivelmente grande e você não conseguirá sequer aproveitar em nada a proposta. O longa é uma diversão que se o espectador estiver aberto para ver uma atuação diferente, uma comédia distinta, uma outra forma de contar a história, pode ser bom, ainda mais no fim que tem uma grande piada que dá para sair do cinema talvez até sorrindo.

Com distribuição da Paris Filmes, O Chamado 4: Samara Ressurge está nos cinemas brasileiros.

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Estudante de Cinema, editora de vídeo e formada em Design de Animação. Ama jogos, filmes, séries, quadrinhos, mangás, livros, não importa a mídia sempre procura histórias.

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Irmãos Por Escolha | Filme sobre a rotina de cadetes da AMAN chega à Netflix

Longa mostra a primeira turma de mulheres da AMAN, após 210 anos de existência da Academia

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Irmãos por Escolha

Irmãos Por Escolha, documentário com direção de Gabriel Mattar, estreia na Netflix neste domingo (11). O longa, o primeiro a ser filmado dentro da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), acompanha o cotidiano intenso de treinamento dos cadetes. São homens e mulheres que em meio aos tantos desafios, criam vínculos de amizade durante o processo de formação. Além disso, o filme também mostra a primeira turma de mulheres da AMAN, após 210 anos de existência da Academia. A produção é da Kombat Films.

Partindo da experiência do diretor, que perdeu o irmão ainda na infância, a narrativa explora a relação de irmandade entre os jovens cadetes. Com material 100% original, a história foca em alguns personagens durante os quatro anos de formação profissional dos militares.

Mattar também busca uma perspectiva sensível sobre o amadurecimento dos alunos da AMAN ao longo da graduação. Sob uma visão civil, o diretor busca estudar o comportamento e estreitamento desses laços.

Aliás, veja um trecho de Irmãos Por Escolha, e siga lendo:

“O filme aborda questões essenciais como: inteligência emocional e trabalho em grupo. O documentário atua como fomentador do debate nacional sobre o jovem, sua participação na sociedade, sua transição para vida adulta, seus potenciais e responsabilidades”, diz Mattar.

Por fim, o longa esteve nos Festivais Internacionais de Santa Fé e Flickers Rhode Island, além de receber os prêmios Global do Lift Off e Paris Awards em 2022. No Brasil, o documentário integrou o Festival de Petrópolis do ano passado.

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