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Cinema

Conheça ‘O Chão Sob Meus Pés’ de Marie Kreutzer

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O chão sob meus pés. Veja a crítica no Vivente Andante. Supo Mungam Plus

Quando acabar a quarentena, uma boa pedida de cinema é o longa O Chão Sob Meus Pés (The ground beneath my feet). Assisti pelo Vivente Andante em sessão especial para a imprensa. Dirigido por Marie Kreutzer, o filme mostra a vida em seu percurso e como este se  desfaz, por mais doloroso que seja. É sob os nossos pés que se reconstituem os fatos, o  recomeço. A película austríaca, dirigida por Marie Kreutzer, mostra a sutileza do desvanecer da realidade, por mais que controlemos a nossa existência e façamos dela uma moldura voltada para o real, em que este real é o que tentamos mostrar aos outros, conforme  observamos a protagonista Lola (Valerie Pachner) fazer. Seu trabalho como alta executiva é impecável e sua vida particular parece ser uma extensão de sua vida profissional; no entanto, percebemos que muitos aspectos destoam do que “realmente” acontece por dentro de sua vida.

Sutilezas

Conny (Pia Hierzegger), irmã mais velha de Lola, encontra-se internada em uma instituição psiquiátrica por ter tentado suicídio. Conny é uma dessas bifurcações da realidade ou da realidade oficial contada por Lola, já que ninguém sabe dessa situação na vida da executiva. Em visitas a Conny, Lola sempre ouve pedidos de auxílio, mas duvida da realidade contada pela irmã. Do mesmo modo, a executiva começa a desenvolver uma série de alucinações, em que Conny a telefona, quando na verdade isto não aconteceu em momento algum, algo confirmado quando a executiva liga para o hospital.

Com esta sutileza, a diretora evidencia como tudo se nos esvai e nosso conceito de veracidade, de realidade é tênue. Depois de um incidente, Lola precisa reconstruir seus caminhos e suas crenças passam por uma relevante releitura depois que a sua vida vai ao chão.

O Chão Sob Meus Pés, distribuído pela Supo Mungam Films, seria lançado no dia 19 de março de 2020 nos cinemas, mas foi adiado devido ao coronavírus e a pandemia.

Afinal, veja o trailer:

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Cinema

Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

‘Meu Vizinho Adolf’ aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.

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Após a Segunda Guerra Mundial muitos nazistas se refugiaram na América do Sul, algo que já foi abordado das mais diversas formas no cinema. Meu Vizinho Adolf, traz o tema novamente agora colocando um suposto Hitler como vizinho de um judeu que sofreu com o Holocausto. Um tema delicado que o diretor Leon Prudovsky consegue tratar bem e com um tom de humor mais discreto.

Mr. Polsky (David Hayman) perdeu toda sua amada família e decidiu viver isolado em uma velha casa na Argentina. Sua paz termina quando Mr. Herzog (Udo Kier), um alemão irritadiço, se muda para a casa ao lado. A aparência e o comportamento dele fazem com que Polsky desconfie que seja Adolf Hitler disfarçado.

Um clima triste mas que ainda nos faz rir

O personagem de Hayman passou anos evitando contato humano, sequer aprendeu espanhol, ele carrega uma dor que aperta o coração desde o início. Ainda, assim ele é um velho teimoso e também ranzinza do tipo que nos faz rir. Ao colocar na cabeça que seu vizinho é o próprio Führer, ele tenta alertar as autoridades sem sucesso.

Com isso Polsky começa a estudar a figura funesta para poder provar sua teoria. Todas as brigas e tentativas de invasão e espionagem são divertidas, não é aquele humor de fazer gargalhar e provavelmente não era essa a intenção do diretor. Conforme o filme avança, ambos vão criando uma amizade que obviamente é extremamente incômoda para Polsky. Mas ele começa a achar que estava errado até encontrar provas um pouco mais substanciais.

Um filme simples mas bem feito

Meu Vizinho Adolf não é um longa que exige cenários grandiosos, é tudo muito simples, são poucas locações. O foco são as atuações de David Hayman e Udo Kier que consegue cativar. Ambos os personagens carregam um passado cruel e toda a dor que eles sentem é revivida com força no final. A comédia fica um pouco de lado para falar de algo sério de forma acertada. Ao final temos um bom filme que consegue mostrar a crueldade do nazismo sem ter que colocar nenhuma cena pesada demais.

Estreando hoje nos cinemas brasileiros, Meu Vizinho Adolf é uma boa opção para quem quer fugir dos pipocões. Fique com o trailer:

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