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‘O Rio do Desejo’ navega com eficiência por sentimentos humanos sombrios | Crítica

Filme estreia em 23 de março nos cinemas brasileiros e segue em carreira internacional

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Crítica filme o Rio do Desejo divulgação

Um filme bem dirigido com lindas tomadas no Amazonas e que adentra alguns dos sentimentos mais humanos, e sombrios. O Rio do Desejo tem direção de Sérgio Machado (do ótimo Cidade Baixa), o qual consegue extrair o melhor dos atores e suas expressividades eficientes, gerando diversos momentos de tensão no espectador.

Na história, o Capitão Dalberto (Daniel Oliveira) abandona seu trabalho na polícia, se endivida e compra um barco após se apaixonar por Anaíra (Sophie Charlote). O casal passa a viver na casa que Dalberto divide com os dois irmãos. E aí o tornado Anaíra muda toda a relação entre esses familiares, com seu jeito sensual e fome de vida intensa. Dalmo (numa atuação maravilhosa de Rômulo Braga), o irmão mais velho, luta contra seus próprios desejos pela cunhada, enquanto Armando (Gabriel Leoni), o caçula, também cresce em seu encantamento.

O longa é baseado no conto “O Adeus do Comandante”, de Milton Hatoum. O trabalho de Adrian Teijido é lindo e venceu o prêmio de Melhor Fotografia na 26ª edição do renomado Festival Tallinn Black Nights (PÖFF), na Estônia. Desde as cenas mais escuras de sexo tórrido até as belezas magistrais da Amazônia, ele nunca deixa de entregar a pura arte da cinematografia.

Aliás, veja o instigante trailer, e siga lendo:

Em fevereiro de 2023, O Rio do Desejo teve exibição na Competição Oficial Ibero-Americana de Longas-Metragens de Ficção e Documentário da 25ª edição do Festival Internacional de Cinema de Punta del Este (Cinepunta), no Uruguai. No festival, Sérgio Machado e Sophie Charlotte receberam menção honrosa de Melhor Diretor e Melhor Atriz, respectivamente. Ela está belíssima, com uma naturalidade misteriosa e cheia de atitude.

Na coletiva de imprensa, o elenco, diretor e equipe exaltaram as localidades onde tudo foi filmado e como a Amazônia influenciou positivamente na construção dos personagens, em especial, Itacoatiara, que foi a base principal.

“(Anaíra) É um barro moldado de um feminino que vem para iluminar esses três irmãos”, disse Sophie Charlotte na coletiva. “Um feminino livre e pulsante, que deseja, se coloca no mundo, sonha”, completou.

Crítica o Rio do Desejo divulgação
Elenco afinado (divulgação)

O roteiro, redondo, é uma colaboração de Maria Camargo, Milton Hatoum, Sergio Machado e George Walker Torres. Desde o começo há pistas do que poderá acontecer no futuro. Sementes de tragédias anunciadas. Ciúmes, inveja, desejos, traições. O filme aborda tudo isso com certa profundidade e uma poesia amazônica. Os pássaros que sempre voltam, assim como as tristezas e os velhos erros que se repetem.

Afinal, O Rio do Desejo, é um contundente estudo sobre arrebatamentos de seres humanos e suas relações. Estreia em 23 de março nos cinemas brasileiros e segue fazendo sucesso em carreira internacional.

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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Cinema

A Cabana – Curta-metragem com Dira Paes busca financiamento no Catarse

O financiamento ajudará na finalização do curta da diretora Barbara Sturm.

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O curta-metragem de ficção A Cabana apresenta Dira Paes (Alice) e Zé Carlos Machado (Jorge) em um lugar que poderia ser qualquer um. Um homem e uma mulher, levando uma vida em comum de forma nebulosa, como não é raro acontecer. Ausentes e mecânicos, em meio a neblina que os cerca cada vez mais. Um casal que não se vê. Até quando?

Para conferir mais informações sobre o curta, as recompensas e como apoiar, clique AQUI.

Para entender o que é o Catarse siga lendo o texto após o vídeo da campanha de A Cabana:

A diretora feminista Barbara Sturm

Formada em cinema, dirigiu três curtas-metragens. Atua desde 2007 no mercado de cinema brasileiro, já atuou como programadora no Cine Belas Artes, como gerente de aquisições na Pandora Filmes – onde foi responsável pelo lançamento de ‘Que Horas Ela Volta?” de Anna Muylaert.

Passou pela Pipoca Digital, e em 2017 assumiu como gerente de conteúdo na Elo Company, onde criou e coordena o Selo ELAS – projeto de apoio a longas-metragens brasileiros dirigidos por mulheres. É professora do curso O Mercado da Distribuição de Filmes, que já teve 18 turmas e mais de 100 alunos em todas as cinco regiões do Brasil. Faz parte do coletivo de inteligência estratégica ASAS.BR.COM e do grupo MAIS MULHERES NO AUDIOVISUAL BRASIL.

Sobre o Catarse

O Catarse é uma plataforma brasileira de financiamento coletivo para projetos criativos, que vão dos mais simples até os mais elaborados. O projeto foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2011. Foi a primeira plataforma de crowdfunding do Brasil.

As campanhas podem ser financiadas formas diferentes. Em uma campanha Flex, caso do curta A Cabana, o projeto será lançado mesmo que não alcance a meta, geralmente os idealizadores já tem verba para finalizar e só precisam de mais uma ajuda.

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