O Memorial às Vítimas do Holocausto fica no Parque Yitzhak Rabin, no Mirante do Pasmado, em Botafogo, no Rio de Janeiro. É um lugar lindo e o parque leva esse nome em homenagem ao ex-primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin. Agora, num momento de guerra envolvendo Israael e Palestina, o filme “O Último Dia de Yitzhak Rabin” ganha exibição pela primeira vez nos cinemas brasileiros. Dessa forma, podemos entender melhor o conflito atual conhecendo mais sobre um símbolo da pacificação no Oriente Médio e um vencedor do Prêmio Nobel da Paz.
O cineasta Amos Gitaï traz uma narrativa ambientada no contexto político tenso de Israel em 1995, e mergulha o espectador nos momentos finais de Yitzhak Rabin.
“Anos se passaram e eu estava interessado em dissecar os motivos que levaram à morte de Rabin. As perspectivas de paz desapareceram com o acontecimento nos anos 1990, mas os homens que tornaram possível a morte do primeiro-ministro ainda estão por aí. Na verdade, alguns deles estão agora no poder”, diz o cineasta Amos Gitaï.
Prêmios
A princípio, o filme participou de diversos festivais internacionais, como o Festival de Cinema de Munique e o Festival Internacional de Veneza de 2015, em que concorreu ao Leão de Ouro de Melhor Filme e venceu outras duas categorias: “Golden Mouse” e “Human Rights Film Network Award”, prêmios honorários cedidos a partir da avaliação de críticos de cinema. premiado no Festival de Veneza. É um thriller político que recria com habilidade os eventos que culminaram no assassinato de Rabin por um estudante ligado a um grupo de extrema direita.
Gitaï aborda com eficiência as tensões existentes na sociedade israelense da época, destacando a violência entre diferentes comunidades religiosas e o radicalismo político que permeava o país. Ao revisitar esse capítulo trágico da história de Israel, o cineasta nos leva a uma profunda reflexão sobre como o extremismo pode afetar a vida de líderes comprometidos com a paz.
Aliás, veja o trailer de “O Último Dia de Yitzhak Rabin” a seguir, e continue lendo:
O filme faz um retrato impactante de Rabin, destacando seu papel fundamental no processo de paz entre israelenses e palestinos e sua habilidade em estabelecer diálogo com o “outro”. É um filme longo, duas horas e meia, que pode ser cansativo, mas é tributo emocionante a um líder que, com sua simplicidade e integridade, tentou forjar um caminho para a paz em meio ao caos.
A abordagem de Gitaï é diferenciada, pois ele usou imagens reais do dia do assassinato para compor sua narrativa, juntamente com atores que interpretam papéis-chave, como membros da comissão que julgou o caso e o próprio assassino de Rabin. Essa abordagem confere ao filme uma autenticidade e o conecta de maneira mais profunda com o público, lembrando-nos de que estamos testemunhando eventos históricos reais.
Afinal, “O Último Dia de Yitzhak Rabin” é um filme que não apenas nos lembra de um líder inspirador, mas também nos desafia a refletir sobre a importância da paz e do diálogo em um mundo marcado pelo conflito. Estreia em circuito limitado de salas de cinema em 2 de novembro de 2023, com distribuição da Synapse Distribution.