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Crítica | ‘Operação Hunt’ traz trama de espionagem durante a ditadura sul-coreana

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A Coreia do Sul viveu sob a ditadura de Park Chung-hee entre 1961 e 1979, durante esse período houve diversas tentativas de assassinar o presidente. O longa Operação Hunt usa esse momento, tomando diversas liberdades criativas, para nos entregar uma boa trama de espionagem. Dirigido e estrelado por Lee Jung-jae, astro de Round 6, o filme foi bastante elogiado durante o Festival de Cannes.

A princípio, Operação Hunt conta a história de Park Pyong-ho (Lee Jung-jae) e Kim Jung-do (Jung Woo-sung, de ‘Innocent Witness’), integrantes da Agência Central de Inteligência Sul-Coreana. Eles precisam desmascarar a identidade de um traidor infiltrado e acabam descobrindo a existência de um plano para assassinar o presidente do país.

Motivações são o diferencial de Operação Hunt

Park e Kim são chefes de unidades diferentes que na busca pelo infiltrado passarão a rivalizar. E o roteiro muito bem construído vai segurar a tensão durante todo o filme, sem deixar claro quem é o traidor. Park cuida de uma jovem e tenta afastar ela dos grupos contra o ditador, Kim era do exército que colocou o presidente no poder. Ambos e os demais agentes se mostram sempre muito motivados a proteger aquele governo.

Se já é difícil se antecipar e descobrir quem é o infiltrado antes do momento da revelação, mais difícil ainda é não concordar com as ações de cada um. Naquele contexto ninguém escapava de fazer escolhas ruins e colocar vidas em jogo. Personagens bem construídos não se limitam a ser do bem ou do mal, eles fazem escolhas por aquilo que acreditam e as consequências são duras. E por isso Operação Hunt chama atenção, ele segura a tensão até a última cena e nos faz compreender aquelas pessoas.

Além disso, atuações e ação impecáveis

Como as produções sul-coreanas estão bombando pelo mundo, é fácil reconhecer alguns atores aqui e ver como são versáteis. Lee Jung-jae e Heo Sung-tae são conhecidos por Round 6 e entregam personagens muito mais sérios aqui, é até difícil fazer a relação. Jung Woo-sung tem um arco que pede uma mudança em seu comportamento e ele nos passa toda a raiva e frustração de seu personagem com perfeição.

Único ponto discutível seria com os personagens norte-coreanos que tem aquela caricatura do comunista muito frio e com cara de bravo o tempo todo. É compreensível que com o histórico das duas Coreias eles não seriam tratados de forma totalmente isenta, ao menos os americanos aqui não são bonzinhos.

Fora as excelentes atuações a ação aqui é muito pé no chão sem deixar de ser intensa e interessante. Ou seja, não precisa de explosões ou munição infinita para criar boas cenas de tiroteio. A câmera e os cortes não confundem o espectador e toda cena de perseguição de carros ou em corredores apertados funciona perfeitamente.

Afinal, Operação Hunt nos prende com boa trama e ainda pode criar aquela fagulha de curiosidade e fazer com que pesquisemos mais a fundo esse período histórico da Coreia do Sul. O filme já está nos cinemas, fique com o trailer:

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Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.

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A Cabana – Curta-metragem com Dira Paes busca financiamento no Catarse

O financiamento ajudará na finalização do curta da diretora Barbara Sturm.

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O curta-metragem de ficção A Cabana apresenta Dira Paes (Alice) e Zé Carlos Machado (Jorge) em um lugar que poderia ser qualquer um. Um homem e uma mulher, levando uma vida em comum de forma nebulosa, como não é raro acontecer. Ausentes e mecânicos, em meio a neblina que os cerca cada vez mais. Um casal que não se vê. Até quando?

Para conferir mais informações sobre o curta, as recompensas e como apoiar, clique AQUI.

Para entender o que é o Catarse siga lendo o texto após o vídeo da campanha de A Cabana:

A diretora feminista Barbara Sturm

Formada em cinema, dirigiu três curtas-metragens. Atua desde 2007 no mercado de cinema brasileiro, já atuou como programadora no Cine Belas Artes, como gerente de aquisições na Pandora Filmes – onde foi responsável pelo lançamento de ‘Que Horas Ela Volta?” de Anna Muylaert.

Passou pela Pipoca Digital, e em 2017 assumiu como gerente de conteúdo na Elo Company, onde criou e coordena o Selo ELAS – projeto de apoio a longas-metragens brasileiros dirigidos por mulheres. É professora do curso O Mercado da Distribuição de Filmes, que já teve 18 turmas e mais de 100 alunos em todas as cinco regiões do Brasil. Faz parte do coletivo de inteligência estratégica ASAS.BR.COM e do grupo MAIS MULHERES NO AUDIOVISUAL BRASIL.

Sobre o Catarse

O Catarse é uma plataforma brasileira de financiamento coletivo para projetos criativos, que vão dos mais simples até os mais elaborados. O projeto foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2011. Foi a primeira plataforma de crowdfunding do Brasil.

As campanhas podem ser financiadas formas diferentes. Em uma campanha Flex, caso do curta A Cabana, o projeto será lançado mesmo que não alcance a meta, geralmente os idealizadores já tem verba para finalizar e só precisam de mais uma ajuda.

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