Aqueles com mais de 30 anos certamente vão pensar “Mais um filme d’Os Três Mosqueteiros?”, mas a realidade é que já estava demorando. O último filme foi em 2011, de Paul W.S. Anderson, e teve até navios voadores e cenas estilo Matrix. Essa nova adaptação do diretor Martin Bourboulon tenta ser a mais fiel ao livro e, portanto, sem muitas estripulias mentirosas.
Nascido em Gasconha, sul da França, D’Artagnan (François Civil) é deixado para morrer depois de tentar salvar uma jovem de ser sequestrada. Ao chegar a Paris, ele tenta por todos os meios encontrar seus agressores. Ele não sabe que sua busca o levará ao centro de uma guerra real em que o futuro da França está em jogo. Aliado à Athos (Vincent Cassel), Porthos (Pio Marmaï) e Aramis (Romain Duris), três mosqueteiros do Rei, D’Artagnan enfrenta as maquinações sombrias do Cardeal de Richelieu. Mas é quando se apaixona perdidamente por Constance Bonacieux, a confidente da Rainha, que d’Artagnan se coloca verdadeiramente em perigo. É essa paixão que o leva ao rastro daquela que se torna sua inimiga mortal: Milady de Winter (Eva Green).
Um por todos…
Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan foca na trama política, portanto as cenas de luta são mais rápidas e intensas. A tensão se encontra nos movimentos dos traidores do Rei que desejam uma guerra contra os protestantes. Louis XIII quer evitar mais derramamento de sangue, e para enfraquecê-lo, o Cardeal Richelieu (Erik Ruf) tenta expor a traição da Rainha. Todo o romantismo da obra é mantido, é um nível que pode nos soar estranho nos dias atuais mas muito presente na época em que o livro foi escrito.
É dada uma maior importância na relação entre D’Artagnan e os demais personagens, deixando até um dos mosqueteiros de lado por boa parte do filme. Fica a sensação de que conhecemos pouco de Athos, Porthos e Aramis mas o carisma dos atores supre essa falta. Milady também fica sem uma base mais estabelecida, porém a continuação desse filme tem seu nome no subtítulo.
Ambientação da época
A história clássica de Alexandre Dumas se passa na França de 1625, e essa nova versão consegue passar bem o clima da época. Os cenários e figurinos são muito bonitos e até a iluminação tenta ser bastante precisa com a época sem tornar o filme escuro demais em cenas à noite ou com céu nublado.
O problema está nas cenas de luta que tem uma câmera que não para de tremer e muito próxima da ação. Atrapalha bastante a experiência de ver os duelos de espadas dos mosqueteiros que geralmente tem boas coreografias. Mas como já dito, não é esse o foco do filme e portanto, ele consegue nos prender durante suas duas horas de duração.
Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan estreia dia 20 nos cinemas e sua sequência chega no final do ano. Fique com o trailer:
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