Uma pandemia e seres híbridos, mesclas de humanos com animais. Esse é o pano de fundo para história de Gus (Christian Convery, extremamente fofo) em Sweet Tooth, série que surgiu a partir dos quadrinhos da DC Comics. A princípio, o fato de mostrar uma doença que se alastra já traz uma conexão com o momento que vivemos por causa do coronavírus, mas na produção é ainda mais grave a situação, o pânico é grande e o mundo segue num esquema daqueles pós-apocalipse.
A narração de James Brolin traz todo um tom de conto de fadas. O primeiro episódio não é ruim, começa bem, introduzindo a base da história, mas no decorrer me deu certo sono. Entretanto, o segundo episódio melhora, traz algumas boas cenas de ação, e um final singelo. No terceiro surgem novas coisas para entreter e segue num crescente com outros personagens e possibilidades. O sétimo é o melhor, viajando entre presente e passado, inflando a curiosidade do espectador e trazendo respostas e ótimos plot twists.
Dania Ramirez
Destaque para a ótima atuação de Dania Ramirez como Aimee e Naledy Murray como a inteligente menina-porco, Wendy. No decorrer da produção é boa a forma como as histórias paralelas dos personagens acabam se entrelaçando. Temos o fofíssimo herói e o clássico vilão caricato, Abbot (o eficiente Neil Sandlands). Contudo, algumas coisas acontecem rápido demais, como um sacrifício em um episódio (super clichê, inclusive).
Afinal, Sweet Tooth é juvenil, possui a necessária mensagem de proteção da natureza e do respeito pelas diferenças. No geral, o saldo é positivo, a direção de arte tem capricho, a caracterização dos personagens é convincente. Tem jeito de quadrinhos e muitos personagens carismáticos liderados pelo aventureiro Gus, um Tom Sawyer meio cervo.
Enfim, veja o trailer:
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