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Crítica | ‘TAR’ é denso, atemporal e contemporâneo

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tar cate blanchett crítica

TÁR, filme do produtor-escritor-diretor Todd Field chega aos cinemas estrelado por Cate Blanchett como a musicista Lydia Tár. Essa obra é sobre tempo, sobre acertos, sobre erros, sobre música, sobre máscaras, sobre a vida.

Um roteiro redondo, sem pontas soltas, muito bem dirigido e com ótimas atuações. Nina Hoss vive a violinista Sharon Goodnow, esposa de Lydia Tar. Essa atriz também atuou como uma violinista em A Professora de Violino, ou, em inglês, The Audition, que pode ser visto no streaming Filmicca.

As cenas iniciais de TÁR são espetaculares. A entrevista inicial com Lydia é tão real que é difícil acreditar que ali é somente uma personagem e não uma artista real. Em seguida, o excelente plano sequência na sala de aula, extremamente relevante para o entendimento geral das mensagens principais do filme.

TÁR é um bom candidato a vencer como melhor filme no Oscar e melhor atriz. Acaba por ser também uma aula sobre música, em especial música clássica, e os meandros de um ser humano egoísta.

Uma das maiores virtudes da personagem Lydia Tar é ter tido a atitude de conhecer mais sobre a algumas tradições indígenas algo que ela utiliza diversas durante o filme tanto para cuidar da espiritualidade quanto em seus sonhos perturbados. Porém não necessariamente ela percebe ou escuta os sinais de que as coisas estão mudando. E, em verdade, fica uma reflexão em cima das escolhas da personagem.

Aliás, veja o trailer, e siga lendo:

A sinopse diz que TÁR examina a natureza mutável do poder, seu impacto e durabilidade em nosso mundo moderno. Sim, faz isso e muito mais. É denso e profundo sobre muitos assuntos contemporâneos, sendo alguns atemporais. Um desses atemporais é a questão da separação entre a arte e o artista enquanto o mais contemporâneo é a questão do cancelamento e o quanto isso afeta o valor do que foi produzido.

O diretor Todd Field brinca com espelhos, sombras, e nos engana diversas vezes, dando a entender algo que logo depois se mostra oposto ao que esperávamos, mas sempre deixando pequenas pistas. As escolhas de ângulos diversos é sempre assertiva para o que quer passar para o espectador nesse estudo sobre fama, sucesso, vingança.

É o tipo de filme que requer atenção do início ao fim e consegue prender. Talvez pudesse ser um pouco mais curto, mas tudo vai se amarrando, se entrelaçando, desde o início até coisas que você só entende no final.

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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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A Cabana – Curta-metragem com Dira Paes busca financiamento no Catarse

O financiamento ajudará na finalização do curta da diretora Barbara Sturm.

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O curta-metragem de ficção A Cabana apresenta Dira Paes (Alice) e Zé Carlos Machado (Jorge) em um lugar que poderia ser qualquer um. Um homem e uma mulher, levando uma vida em comum de forma nebulosa, como não é raro acontecer. Ausentes e mecânicos, em meio a neblina que os cerca cada vez mais. Um casal que não se vê. Até quando?

Para conferir mais informações sobre o curta, as recompensas e como apoiar, clique AQUI.

Para entender o que é o Catarse siga lendo o texto após o vídeo da campanha de A Cabana:

A diretora feminista Barbara Sturm

Formada em cinema, dirigiu três curtas-metragens. Atua desde 2007 no mercado de cinema brasileiro, já atuou como programadora no Cine Belas Artes, como gerente de aquisições na Pandora Filmes – onde foi responsável pelo lançamento de ‘Que Horas Ela Volta?” de Anna Muylaert.

Passou pela Pipoca Digital, e em 2017 assumiu como gerente de conteúdo na Elo Company, onde criou e coordena o Selo ELAS – projeto de apoio a longas-metragens brasileiros dirigidos por mulheres. É professora do curso O Mercado da Distribuição de Filmes, que já teve 18 turmas e mais de 100 alunos em todas as cinco regiões do Brasil. Faz parte do coletivo de inteligência estratégica ASAS.BR.COM e do grupo MAIS MULHERES NO AUDIOVISUAL BRASIL.

Sobre o Catarse

O Catarse é uma plataforma brasileira de financiamento coletivo para projetos criativos, que vão dos mais simples até os mais elaborados. O projeto foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2011. Foi a primeira plataforma de crowdfunding do Brasil.

As campanhas podem ser financiadas formas diferentes. Em uma campanha Flex, caso do curta A Cabana, o projeto será lançado mesmo que não alcance a meta, geralmente os idealizadores já tem verba para finalizar e só precisam de mais uma ajuda.

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