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Crítica | ‘Os Fabelmans’ é Spielberg autobiográfico

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Os Fabelmans é Steven Spielberg inteirinho. Um filme autobiográfico que retrata um pouco da infância americana do século 1920 ao narrar a história de um jovem, Sam Fabelman (Gabriel LaBelle) que começa a se apaixonar pelas câmeras. Em seguida, acaba descobrindo um segredo familiar e o poder da arte.

Michelle Williams, (Manchester à Beira-Mar, Sete Dias com Marilyn), quatro vezes indicada ao Oscar, é um dos grandes destaques, em mais uma daquelas atuações que valem o ingresso. Ainda por cima, Paul Dano (Batman, Sangue Negro) mantém sua eficiência comum ao viver Burt Fabelman, um homem sério, inteligente e contido em seu sofrimento.

Seth Rogen, Gabriel LaBelle, Jeannie Berlin, Julia Butters, Robin Bartlett, Keeley Karsten e Judd Hirsch completam o elenco sem deixar a qualidade cair.

Aliás, confira um featurette do filme, e siga lendo:

Arte e cinema são temas caros ao diretor e temas de grandes diálogos, como na aparição de Tio Boris (Judd Hirsch) que ainda faz um contraponto com esses assuntos, a família e como se conectam – ou não.

A relação de Sam com sua mãe, Mitzi Fabelman (Michelle Williams), e como ela estimula, influencia, e surpreende é uma das linhas centrais da película. Tudo tem uma abordagem bastante sensível. É um dos melhores filmes de drama da carreira de Spielberg com cenas antológicas, como a dança de Mitzi no acampamento. Inclusive, Steven Spielberg chorava e se emocionava diversas vezes durante as filmagens como Seth Rogen disse a alguns repórteres. “Enquanto estávamos filmando, eu ficava tipo, ‘Isso aconteceu na vida real?’ e a resposta era ‘sim’ cem por cento das vezes.”

É cinema da melhor qualidade e para ver na tela grande, de preferência, para poder aproveitar os planos de Spielberg, seus horizontes, os closes, as sombras e luzes. Inclusive, palmas para a cinematografia de Janusz Kaminski.

É possível que um ou outro ache o filme chato?Sim. Porém, para aqueles que gostam amam cinema, e um bom drama, é difícil não perceber as tantas virtudes e apreciar a visão desse diretor tão emblemático em cima de momentos que marcaram sua história.

Os Fabelmans venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme de Drama e Melhor Diretor, foi coescrito por Spielberg em parceria com o dramaturgo ganhador do Prêmio Pulitzer, Tony Kushner (Angels in America), indicado ao Oscar pelos roteiros de Lincoln e Munique.

Afinal, o longa estreia em 12 de janeiro de 2023.

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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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