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Travis Scott Voando Alto na Netflix

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Crítica Travis Scott Voando Alto

Travis Scott Voando Alto foi lançado faz um tempo, em 2019 para ser mais preciso, mas somente agora resolvi ver. A princípio, sempre me interessei pelo mundo do Hip Hop. Aliás, não me recordo muito bem quando isso começou, mas sei que foi comprando uns DVDs que aqui no Rio de Janeiro são chamados de VIDEO TRAXX. Na época era como conseguíamos ver os clipes dos artistas, ali eu gostei da estética, da rebeldia, da batida – basicamente de tudo.

Travis Scott é um artista da nova geração. Ele assinou seu primeiro grande contrato em 2012. Porém, só em 2015 teve seu primeiro sucesso com “Antidote”. Particularmente, não o escutei até “Astroworld”, o qual realmente foi “O” álbum da sua carreira (até então né, quem sabe não terão outros). Inclusive, penso que ele equivale para os jovens o que foi para mim 50 cent, ou seja, ouvi-lo mudou minha visão musical. 

Conexão com o público

Falando do Travis, a conexão dele com o público e como mostra que as pessoas são importantes no show, passa de apenas uma interação, para realmente mudar a vida de alguém. Uma lição muito importante fica disso, a importância da cultura pop para as pessoas. Certamente, hoje arrisco dizer que elas moldam quem você pode ser muito mais que a escola, pois você se identifica com a personalidade, com as questões sociais e, falando principalmente de arte, existe uma energia, que só quando você entende o que é ser fã, entende que uma frase cantada ou numa poesia, pode ecoar na mente de uma pessoa pra sempre. Ou seja, uma atitude de um ídolo pode influenciar toda uma geração.

Falando ainda do documentário Travis Scott Voando Alto, vemos a construção de “Astroworld”. Como foi o processo criativo, e como é realmente um processo desgastante e artístico, não é só o beat, tudo precisa se encaixar, e isso é arte pura, queira você ou não. Isso também retrata uma identidade muito forte entre obra e criador. A saber, “Astroworld” era o nome de um parque de diversões que Travis ia muitas vezes quando criança, e que fechou. Anos depois ele fez um festival bem em frente ao antigo parque. Ver o filme que deve passar na cabeça dele é incrível, assim como ver a parte também de produção, como ele não pensa apenas como artista, mas que também pensa nos detalhes, como iluminação e coisas do tipo. Faz muito sentido chegar na excelência de show que chegou.

Convicções

Interessante ver as pessoas reprovando decisões dele, e apesar disso, ele seguiu com suas convicções. Há pessoas que achariam esnobe ou apenas ego, contudo, eu diria que isso é convicção no que acredita, e isso te põe totalmente fora da curva. 

Resumidamente, Travis Scott Voando Alto é uma história muito inspiradora, misturando passado e futuro, mostrando altos e baixos, e mostrando que você deve continuar com suas convicções sempre. Recomendo! 

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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