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Stellan Skarsgârd e Renate Reinsve em cena de "Valor Sentimental"- Divulgação Festival do Rio
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: ‘Valor Sentimental’ é um bom drama? É melhor que ‘O Agente Secreto’?

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 9 de dezembro de 2025
4 Min Leitura
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Stellan Skarsgârd e Renate Reinsve em cena de "Valor Sentimental"- Divulgação Festival do Rio
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Valor Sentimental, dirigido por Joachim Trier, é um dos filmes que concorrem contra o brasileiro O Agente Secreto. O filme foi anunciado nesta segunda-feira (09) entre os principais indicados ao Globo de Ouro 2026, conquistando oito nomeações em sete categorias, incluindo Melhor Filme de Drama e Melhor Direção. A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para 25 de dezembro, com distribuição nacional da Retrato Filmes e global da MUBI, também responsável pela produção.

O longa também concorre em Melhor Atriz de Drama (Renate Reinsve), Melhor Ator Coadjuvante (Stellan Skarsgård), Melhor Atriz Coadjuvante (Elle Fanning e Inga Ibsdotter Lilleaas), Melhor Roteiro e Melhor Filme de Língua Não-Inglesa. Os vencedores serão anunciados em 11 de janeiro.

Já é um respaldo forte de que o filme é bom, né? E devo confirmar. Valor Sentimental manteve preso, atento, focado.

A narrativa acompanha Nora (Renate Reinsve, num show de atuação), atriz de teatro em pleno sucesso profissional, que volta a conviver com a irmã Agnes (Inga Ibsdotter Lilleaas, bela e eficiente) e o pai Gustav Borg (Stellan Skarsgård, magistral), ex-diretor de cinema que planeja retornar aos holofotes com um filme inspirado na própria família. Nora recusa o papel oferecido pelo pai, que então escolhe a jovem estrela Rachel Kemp (Elle Fanning, excelente e carismática). A partir daí, conflitos, ressentimentos e memórias reprimidas emergem em uma história de afeto, disputa e reconciliação.

O elenco de Valor Sentimental reúne nomes celebrados. Renate Reinsve venceu o Prêmio de Melhor Atriz em Cannes 2021 e foi indicada ao BAFTA por A Pior Pessoa do Mundo, também dirigido por Trier. Skarsgård, vencedor do Globo de Ouro, soma trabalhos recentes em Duna: Parte I e Parte II. Elle Fanning chega ao filme após indicações ao Globo de Ouro e ao Emmy. Completam o time Inga Ibsdotter Lilleaas e Anders Danielsen Lie. O elenco de peso não decepciona em momento nenhum e entrega tudo.

A direção de Joachim Trier não escorrega, sabendo usar o roteiro de Eskil Vogt, parceria que já rendeu indicação ao Oscar de Melhor Roteiro em 2022. Valor Sentimental fez sua estreia mundial na Competição Principal do Festival de Cannes, onde recebeu o Grand Prix, e teve primeira exibição brasileira no Festival do Rio.

Por fim, Valor Sentimental é melhor que O Agente Secreto? Sim. E não. No sentido de fechamento, é mais eficiente. O final funciona, com beleza, realidade, metalinguagem. Por outro lado, não me apeteceu o fim de O Agente Secreto. Contudo, são filmes diferentes e potentes em suas necessárias abordagens contra fascismo. Ambos valem a pena.

Elenco de O Agente Secreto em coletiva feita no dia 28/10-Foto por Paulo Pinto/Agência Brasil
Elenco de O Agente Secreto em coletiva feita no dia 28/10-Foto por Paulo Pinto/Agência Brasil

O Agente Secreto representa o Brasil no Globo de Ouro 2026 com três indicações históricas: Melhor Filme de Drama, tornando-se o primeiro longa brasileiro a concorrer na categoria principal, Melhor Ator em Filme de Drama para Wagner Moura, e Melhor Filme Internacional. A produção dirigida por Kleber Mendonça Filho marca a primeira disputa do cineasta na premiação e pode render ao país o segundo troféu consecutivo após a vitória inédita em 2025. Os vencedores serão anunciados em 11 de janeiro de 2026.

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Tags:Crítica Valor Sentimentalelle fanningFilmes indicadosGlobo de Ouro 2026Joachim TriermubiRenate Reinsveretrato filmesStellan SkarsgårdValor Sentimental
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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