O veganismo é celebrado mundialmente desde 1994, quando Louise Wallis era membro – e na época presidente – da Vegan Society (Sociedade Vegana), na Inglaterra. Inicialmente pensada no intuito de homenagear o 50º aniversário da Sociedade, fundada nos idos de 1944 por Donald Watson, a data acabou sendo escolhida como 01 de novembro por ser facilmente lembrada e por ficar entre o Halloween e o Dia dos Mortos. Os detalhes sobre o nascimento da data, você pode encontrar no site oficial de Louise.
Por meio de mobilização ativista, foi levada a proposta de Declaração Universal dos Direitos dos Animais à UNESCO, em 1978, encabeçada pelo cientista Georges Heuses como medida protetiva legal à dignidade e ética animal. Ainda que a Declaração seja genérica e não delimite casos específicos de crueldade, funciona como um apoio legal. Uma das premissas da Declaração é diluir o especismo e trazer à luz o valor, o respeito e o direito à vida que todo animal não humano tem – e merece. Por fim, cabe a nós, humanos, a responsabilidade de protegê-los e buscar o equilíbrio entre as espécies. Você pode encontrar a Declaração completa aqui.
Veganismo tupiniquim
A princípio, no Brasil, ainda não há uma estimativa pontual sobre o número de veganos. Contudo, segundo pesquisas do IBOPE (2018), estima-se que 14% dos brasileiros se autodeclaram vegetarianos e veganos. É uma boa notícia e um número ascendente, desde 2012. Desse modo, acaba sendo um termômetro de consciência política, ética e ambiental voltados para o consumo alimentício, afinal, comer é também um ato político.
O veganismo abarca um estilo de vida mais restritivo que o vegetarianismo. Assim, ele rejeita o consumo – seja alimentício ou de produtos – que envolva crueldade/sofrimento animal. Dessa maneira, o não consumo de carnes, de laticínios, de ovos, de mel, de vestuário (roupas e calçados) de couro, de produtos cosméticos que envolvam testes e crueldade animal e de empresas que compactuam com o biocídio estão excluídos da vida dos veganos.
Contudo, socialmente, há quem aponte negativamente o veganismo alegando que pessoas veganas possuem uma dieta alimentar pobre de nutrientes, principalmente daqueles de origem animal. Porém, não passa de um conhecimento superficial desse estilo de vida, visto que há diversas fontes alimentícias que dão suporte a uma dieta equilibrada, como os vegetais, as leguminosas, os grãos e as oleaginosas.
Filmes #forçavegana
Por fim, para celebrar este importante dia que dá visibilidade ao veganismo e, principalmente, à causa animal e todas as questões abraçadas por ela, selecionamos os documentários a seguir para se aprofundar sobre o assunto. Aproveite!
What’s the health?
Este documentário de 2017 questiona a relação do consumo de carnes com a diabetes e o câncer, além de outras enfermidades. O documentarista Kip Andersen vai atrás de diversas organizações de saúde em busca de respostas. A ideia é mostrar que uma dieta baseada em vegetais é a mais saudável.
What’s the health está disponível na Netflix.
Especismo, o filme (Speciesism: The Movie)
O documentário versa sobre a relação entre humanos e animais não humanos. O cineasta Mark Devries busca respostas para a naturalização de se alimentar de animais mortos. Para isso, conversa com advogados, escritores, filósofos e outros sobre como tratamos animais dispostos para consumo. Você pode conferir o longa pelo YouTube.
Veganizado (Vegucated)
Veganizado mostra um grupo de três pessoas que consomem alimentos derivados, mas que desejam migrar pro veganismo. Assim, eles topam o desafio de ficarem seis semanas sem comer ovo, laticínios e carnes. Ainda que seja difícil, essa mudança de estilo de vida se torna importante ferramenta de reflexão. O documentário está disponível no YouTube.
Cowspiracy: o segredo da sustentabilidade
Cowspiracy foca no impacto ambiental negativo que a agropecuária causa no planeta. Estima-se que mais de 50% da emissão de gases com efeito estufa vem da pecuária, fora o crescente desmatamento de florestas para pasto. Além disso, o documentário mostra também o péssimo impacto na vida dos animais. 6 milhões de animais são mortos por hora (!!!) para alimentar os seres humanos. Triste. A saber, Cowspiracy está disponível na Netflix.
http://www.urca.br/ceua/arquivos/Os%20direitos%20dos%20animais%20UNESCO.pdf
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