A Disney anunciou o encerramento de seus canais de TV por assinatura no Brasil, incluindo o emblemático Disney Channel. A decisão, que também afeta canais como Star Channel, FX, Cinecanal e National Geographic, surpreendeu muitos fãs. A empresa confirmou que as transmissões serão interrompidas em 28 de fevereiro de 2025, com exceção dos canais esportivos da ESPN.
A mudança faz parte de uma estratégia global para focar em plataformas de streaming, como o Disney+, que têm se mostrado mais lucrativas e alinhadas às preferências do público. Enquanto a TV por assinatura enfrenta um declínio acentuado no Brasil, o streaming cresce constantemente, oferecendo maior flexibilidade e diversidade de conteúdo.
Pesquisas indicam que o público da TV por assinatura no Brasil é majoritariamente masculino, acima de 65 anos, e concentra-se em regiões como São Paulo. Em contrapartida, os usuários de streaming são mais jovens, com idades entre 34 e 43 anos, preferindo assistir a conteúdos em dispositivos móveis e no horário que desejam. Essa mudança de perfil foi determinante para a Disney, cujo público-alvo, tradicionalmente infantojuvenil, já migrou para o digital.
Disney e a TV a cabo
A Disney já havia tomado decisões semelhantes em outros mercados, como a Ásia, onde canais lineares foram desativados para priorizar o streaming. No Brasil, dados mostram que o consumo de conteúdos digitais entre jovens substituiu a televisão tradicional como principal forma de entretenimento, evidenciando a queda de relevância da TV a cabo.
Com a expansão da internet e a popularização do 5G, prevista para alcançar todo o Brasil até 2029, a TV por assinatura enfrenta desafios consideráveis. Para sobreviver, precisará focar em um público mais velho, oferecendo conteúdos como filmes clássicos, programas educativos e noticiários, que atendam a essa audiência em transformação.
A decisão da Disney de encerrar seus canais reflete não apenas uma mudança estratégica, mas também um marco na evolução do consumo de mídia. A transição para o digital não é apenas uma tendência, mas uma resposta direta às preferências do público moderno. Enquanto o streaming continua conquistando espaço, a TV por assinatura precisará se reinventar para não desaparecer.
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