Crítica
Crítica | Jorge Pra Sempre Verão
Publicado
1 ano atrásem

Fui convidado para ver o espetáculo Jorge pra sempre Verão, onde a prima de Jorge Laffond, que ganhou fama com a personagem Vera Verão, fala sobre o primo que nunca conheceu pessoalmente. Um pedido de desculpas em forma de teatro. Ela cresceu sofrendo bullying devido ao parentesco com o primo famoso e agora usa a arte para analisar a sua trajetória e a de Jorge.
O espetáculo consegue divertir e é extremamente crítico a uma sociedade racista, homofóbica e hipócrita. A produtora e autora Aline Mohamad abriu seus arquivos pessoais para desenvolver o espetáculo, e é seu primeiro texto teatral, feito em parceria com Diego do Subúrbio.
A forma como os autores inserem a cultura suburbana, coisas boas e ruins, no texto, são pontuais. Situações e visões típicas da cultura carioca podem ser vistas. Dessa forma, sem dúvidas, está aí um dos maiores destaques, essa análise da sociedade que fazem a partir de suas próprias vivências e escolhas em paralelo com a vida de Jorge Laffond.
Às vezes parece ficar repetitivo, porém o intuito pode ser afirmar e reafirmar a bela mensagem da obra. Por outro lado, as atuações de Alexandre Mitre, Aretha Sadick e Noemia Oliveira são ótimas entre momentos de dor e amor. Ainda por cima, os figurinos e a direção de arte não deixam a desejar laureados pela atenta iluminação de Pedro Carneiro que eleva a qualidade geral.
Representatividade
A princípio e em outros momentos da exibição, vemos projeções de imagens de arquivo de Jorge Laffond que ajudam a contextualizar o espectador.
A saber, a ideia da peça surgiu após Aline escrever uma carta póstuma para seu primo, onde ela abre seu coração e pede desculpas pelo fato de não ter estado presente.
Afinal, Jorge pra sempre Verão é uma bonita homenagem a Jorge Laffond. A mensagem de representatividade e união é a principal característica do espetáculo e proporciona diversos bons momentos de catarse, em especial, no lindo e apoteótico fim.
SERVIÇO:
“JORGE pra sempre VERÃO”
Temporada: 25 de Junho a 24 de Julho
Dias da semana: Sexta-feira a Domingo
Horário: 20h (sextas e sábados) e 19h (domingos)
Ingressos: Contribuição Voluntária (distribuídos 1h antes na bilheteria do teatro)
Local: Teatro Ipanema
Endereço: Rua Prudente de Moraes, 824 – Ipanema
Informações: (21) 2267-3750
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos
Por fim, confira em seguida o clipe “Preto de Azul” e siga lendo:
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.

Crítica
Crítica | One Piece, a série, primeira temporada na Netflix
Fidelidade e diversão
Publicado
7 horas atrásem
21 de setembro de 2023Por
MelissaPinto
“One Piece, a série” da Netflix é um live-action baseado no mangá de Eiichiro Oda, o qual é publicado desde julho de 1997 e segue até os dias de hoje com mais de 100 volumes. A obra original tem tradução para vários idiomas, além de ter uma adaptação de anime, vários filmes (como esse que vi e fiz a crítica), jogos e muito produtos como brinquedos, acessórios e muito mais.
A série da Netflix teve a difícil tarefa de tentar adaptar o primeiro grande arco desse mangá, East Blue, que compõe aproximadamente 12 volumes e algo em torno de 44 episódios e um pouco mais. Todos estavam preocupados em como seria feito o live action, pois “One Piece” não é somente um mangá de “luta”, nele há muita comédia onde seu criador não tem medo de fazer personagens bem típicos de cartoon, localizações incríveis ou malucas, onde tudo é uma grande aventura, cheia de descoberta e diversão.
Contudo, a série abraça lindamente toda essa “maluquice” que o mangá tem e proporciona, toda essa identidade de “One Piece”. Personagens com “cabelos de anime”, formas de lutas que não fazem sentido, mas que são “legais”. Tentando fazer um certo balanço entre live action e anime, mas sem nunca perder a identidade da obra.
One Piece: Ligações Perigosas
Uma coisa bem interessante da obra são as ligações no enredo. Para quem acompanha o anime e o mangá, como eu, sabe que Eiichiro Oda com o tempo fez vários retcons (continuidade retroativa, a alteração de fatos previamente estabelecidos na continuidade de uma obra ficcional). Não falo isso com se fosse um demérito, pois o autor sempre trabalhou duro para que tudo sempre pareça que foi pensado desde o início. Porém, o live action tem a vantagem de a obra original já ter mais de mil capítulos, ou seja, as ligações na obra tem a chance de serem melhor trabalhadas.
A qualidade do CGI não ser perfeita não é algo que incomoda, e nem é realmente algo negativo. Se você se abrir para toda a maluquice gostosa e aventura vibrante que “One Piece” tem para lhe oferecer, tudo acaba se encaixando e sendo gostoso de acompanhar.
A caracterização pode ser algo que causa um certo estranhamento num primeiro momento, mas quando esses personagens começam a interagir entre si, não causa nenhuma estranheza. O problema vem quando eles ficam em volta de ‘personagens normais”, como uma população, por exemplo. Isso acaba fazendo eles se destacarem como “uma pessoa fantasiada” e acaba, em alguns momentos, tirando você desse mundo imagético. O que me faz pensar se não era possível colocar, mesmo de fundo, um pouco mais de caracterização “anime” para não ficar tão gritante as diferenças de roupas que às vezes acabam tirando um pouco daquele mundo.
Fidelidade excessiva?
O que mais incomoda são as recriações as vezes fiéis até demais ao mangá. Não digo que isso seja ruim em si, mas poderia ser mais interessante em alguns momentos ver os personagens lutando de outras maneiras. A luta final do Luffy, por exemplo, acaba ficando mais cansativa e sinto que um pouco sem propósito de como acontece porque precisa terminar e ser o mais fiel possível ao mangá. Às vezes eles acertam, como em lutas do Zoro, mas em outras essa “cópia” do mangá acaba atrapalhando um pouco.
Além disso, fico feliz de ver que a série parece querer mostrar tudo o que a obra tem para falar. Questões como racismo, liberdade, governo corrupto, tudo isso e muito mais já começa a se mostrar desde o início da série. Coisa que o mangá só começa a trabalhar mais a fundo, por vezes, muitos arcos depois. “One Piece” é uma obra que tem muito a nos dizer, principalmente sobre preconceito, e, embora ainda tímido nessa primeira temporada, pelo menos já pudemos ter um vislumbre.
Em suma, “One Piece, a série” da Netflix se mostra muito interessante e bem divertida. Prova que é possível sim fazer uma boa adaptação de mangá/anime e como tudo fica bem melhor quando abraçamos a linguagem e a forma de contar história daquele outro país. Não tenha vergonha do “ridículo”, ridículo é tentar transformar tudo numa única forma de narrativa e caracterização. Quando abraçamos o outro, podemos tentar criar aventuras divertidas e gostosas de se acompanhar. Já estou curiosa para ver como vão adaptar a segunda temporada que foi confirmada.
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28 de junho de 2022 at 17:33
Nossa, quero muito assistir! Que fantástico!