No dia 27 de julho, Niterói será palco do 13° Encontro Internacional de Capoeira ‘Na Volta Que o Mundo Dá’. O evento acontece das 09h às 13h no Teatro Popular Oscar Niemeyer, localizado no Centro da cidade.
O encontro é organizado por Ronaldo Farias, o Mestre Flutuante, responsável pelo projeto social Coração da Capoeira. O objetivo é oferecer oficinas de capoeira, debates e trocas de experiências, além de muita ginga e rodas de capoeira. “Proporcionamos um momento único para nossas crianças, valorizando seu esforço em prol da cultura, além de dar perspectiva de vida e autoestima. Muitas delas nunca saíram de suas comunidades impactadas pelo tráfico”, explica o mestre, integrante do Centro Cultural Senzala de Capoeira e do Instituto Gingas, referência em inclusão através do projeto DIN DOWN DOWN em Niterói.
A princípio, o evento contará com mestres e professores de diversos estados e países. Entre os temas principais estão a inclusão e a acessibilidade cultural, que permeiam todo o evento, oferecendo um momento de afeto e troca de experiências nas graduações e vivências culturais.
“O evento acontecer em uma obra assinada por Oscar Niemeyer é um marco para a capoeira. É a concretização do valor da capoeira como patrimônio cultural imaterial do Brasil, usada como ferramenta de mudança social através da inclusão e cidadania. O trabalho do Mestre Flutuante e da Professora Karoll, no Instituto Gingas e além, é grandioso”, afirma David Bassous, o Mestre Bujão, fundador do Gingas.
História da Capoeira no Brasil
A capoeira é uma expressão cultural que mistura arte marcial, esporte, cultura popular, dança e música. Começou no Brasil durante o período colonial, através dos africanos escravizados como forma de resistência e sobrevivência.
No século XVI, os escravos trazidos principalmente de Angola e Moçambique introduziram essa prática no Brasil. Disfarçada como dança para enganar os senhores de engenho, a capoeira servia como treinamento para a liberdade e defesa.
Após a abolição da escravatura, em 1888, a capoeira foi criminalizada, sendo associada a vadiagem e marginalidade. Praticantes eram perseguidos e presos, obrigando-os a treinar secretamente.
Posteriormente, em 1937, sob a influência de Mestre Bimba, a capoeira ganhou reconhecimento oficial com a abertura da primeira academia em Salvador. Bimba desenvolveu a Capoeira Regional, adaptando-a para ser aceita como prática esportiva.
Hoje, a capoeira é reconhecida mundialmente como um símbolo da resistência e da rica herança cultural afro-brasileira. Em 2008, foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Dessa forma, o 13° Encontro Internacional em Niterói celebra essa história, promovendo a capoeira como um instrumento de inclusão social e cultural, reafirmando seu papel vital na identidade brasileira.
Por fim, leia:
‘Corpolítica’ estreia no Canal Brasil
Notícias Populares | Série sobre jornal de São Paulo estreia no Canal Brasil
‘No ano que vem’, dirigida por Maria Flor, estreia no Canal Brasil