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Expresso do Destino | Netflix traz filme turco com romance, drama e curiosidades

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Leyla e Ali sentados no trem

O longa Expresso do Destino é a primeira produção turca da Netflix. Lançado em junho de 2020, com a direção de Ozan Açiktan, ele mescla entre a comédia romântica e pouca dramaticidade. Depois do sucesso que a plataforma teve ao incluir no catálogo o Milagre na Cela 7 comovendo muitos espectadores com a história de Memo e Ova, a Netflix mostrou que produções turcas têm muito a oferecer.

Em Expresso do Destino Leyla (Dila Cilek Deniz) tenta trocar a data da sua passagem de trem para Esmirna. A saber, é uma cidade turca localizada na costa do mar Egeu. Ela não consegue, mas acaba por arrumar um jeito de viajar naquele mesmo dia. Já sentada em um dos bancos da cabine, é abordada por Ali (Metin Akdülger) que não entende a presença daquela mulher uma vez que tinha comprado os bilhetes de todos os assentos. 

Leyla não está disposta a conversar, mas Ali mostra curiosidade a respeito da moça e chega a ser inconveniente insistindo com tantas perguntas. Ambos estão preparados para ir a um casamento e é justamente aí que as conversas tomam forma e os diálogos se tornam mais interessantes. Aliás, a força de todo filme está no diálogo do casal que tem que passar as 14 horas de viagem juntos. Com o tempo eles percebem que tem mais coisas em comum do que poderiam imaginar.

Curiosidades turcas

É interessante notar as peculiaridades de uma produção turca em que mostra a realidade do seu povo. Um dos exemplos é a informação de que uma mulher não pode dividir a cabine do trem com um homem a menos que eles sejam casados. Outro fato curioso abordado em uma das cenas é que no país há um limite estabelecido para a compra de bebidas alcoólicas até às 22h. Situações como essas são quase inimagináveis nas cidades brasileiras.

A trilha sonora é um ponto importante e conversa muito com as cenas. As personagens também apresentam canções entre si e colaboram para a divulgação da música nacional. Além de tudo, as paisagem que perpassam pelas janelas dos vagões ajudam a embalar essa narrativa que questiona sobre o amor, a busca por vivenciar algo novo, traz à tona descobertas de traição e mostram que destinos podem ser cruzados por aí. 

Semelhanças com a trilogia ‘Antes do Amanhecer’

O filme é uma adaptação da obra ‘How to Stop a Wedding’, dirigida e roteirizada por Drazen Kuljanin. Em Expresso do Destino também há um toque parecido com Antes do Amanhecer (1995), os fãs da trilogia de Richard Linklater podem encontrar semelhanças na história de Leyla e Ali com as de Celine e Jesse.

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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