Fé e Fúria, parece um daqueles especiais de televisão, do tipo denúncia. Foca na intolerância às religiões de matriz africana em favelas e subúrbios do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.
É tudo a partir de relatos e entrevistas, no estilo tradicional desse tipo de filme. Ou seja, sem grandes inovações e com uma tentativa de separar em capítulos. O importante mesmo aqui é mostrar como a presença de igrejas protestantes vem crescendo em comunidades carentes, tomando o espaço de antigos terreiros e até influenciando na destruição dos mesmos.
Aliás, ouça o podcast abaixo, e siga lendo:
Os realizadores fizeram uma pesquisa com as vítimas desse tipo de intolerância e chegaram a diversos casos, como a menina Kayllane, entrevistada no longa, que levou uma pedrada no meio da rua por estar vestida com trajes de candomblé.
Além disso, impressiona as entrevistas com pessoas envolvidas com o tráfico e suas posições com relação a esse “briga” religiosa.
Afinal, Fé e Fúria, de Marcos Pimentel, traz à tona um debate necessário e estreia nos cinemas nesta quinta-feira, dia 13 de outubro, nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Rio Branco, Salvador e São Paulo.