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Petra Belas Artes À La Carte apresenta o Festival ‘Volta ao Mundo: Holanda’

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I Dont Wanna Dance filme Holanda

A partir de 14 de abril, chega ao streaming À La Carte o festival “Volta ao Mundo: Holanda”, evento que acontece em parceria com o SEE NL, instituição formada em uma colaboração entre o Eye Filmmuseum e o Netherlands Film Fund, responsável pela promoção internacional dos filmes, da indústria cinematográfica e da cultura holandesa. A mostra é exclusiva para assinantes.

O Festival “Volta ao Mundo: Holanda” traz oito longas produzidos entre 1986 e 2021, inéditos no Brasil: “Abel” (1986), “Borgman: O Mal-intencionado” (2013) e “O Número 10” (2021), os três dirigidos por Alex van Warmerdam; “Irmãs Gêmeas” (2002), de Ben Sombogaart; “Apenas o Melhor para o Nosso Filho” (2014), com direção de Monique Nolte; “Prince” (2015), de Sam de Jong; “Me Leve para Algum Lugar Legal” (2019), de Ena Sendijarević; e “Eu Não Quero Dançar” (2021), de Flynn Von Kleist.

Ao lado do veterano Ben Sombogaart e de outros três diretores estreantes, o destaque do festival é o premiado ator e diretor Alex van Warmerdam, realizador de “Abel”, “Borgman: O Mal-intencionado” e “O Número 10”. Ele é um dos principais nomes do cinema holandês contemporâneo, com dezenas de premiações. Até hoje, Alex teve pelo menos um filme lançado nos cinemas brasileiros, a aclamada comédia “O Pequeno Tony” (1998), dirigida e protagonizada por ele. Na Holanda, ele é um artista bastante popular, não só como ator e cineasta, mas também como produtor de cinema e músico, além de ser líder do grupo teatral De Mexican Hond, desde 1980.

Vamos aos filmes:

– “Abel”, comédia selecionada para o Festival Internacional de Chicago 1986, tem como protagonista o próprio Alex van Warmerdam, atuando ao lado de sua esposa na vida real, a atriz Annet Malherbe. A história gira em torno do Abel do título, um cara de mais de 30 anos que vive ainda com os pais, às custas deles, até ser expulso de casa e ir morar provisoriamente com a amante secreta do pai dele. O produtor de cinema e teatro Marc van Warmerdam, irmão de Alex, também aparece como ator neste filme.

– Misto de drama, terror e suspense, “Borgman: O Mal-intencionado”, selecionado para o Festival de Cannes 2013, é sobre Camiel Borgmanum, vagabundo que entra na vida de uma família arrogante de classe alta, transformando suas vidas em um pesadelo psicológico. Embora nunca declarado no filme, o comportamento do personagem Borgman se assemelha ao de um “alp”, um demônio do folclore alemão. Em 2013, este se tornou o primeiro filme holandês em 38 anos a ser selecionado para o Festival de Cannes, e ele foi também a escolha oficial da Holanda para representar o país no Oscar 2014 de Melhor Filme Estrangeiro. O diretor Alex van Warmerdam, que também atua no filme, considerou seriamente o dinamarquês Mads Mikkelsen para o papel principal, ele leu o roteiro e quis fazê-lo, mas não foi possível chegar a um acordo sobre seu salário. O ator Jan Bijvoet, que assumiu o papel-título, atuou nos filmes “Alabama Monroe” (2012) e “O Abraço da Serpente”, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e teve participação na atual série “Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas”.

– “O Número 10” é um suspense que tem como personagem principal Günter, um homem de mais de 40 anos. Aos quatro anos, ele foi encontrado em uma floresta alemã, e cresceu em uma família adotiva. No presente, ele leva uma vida normal, ganhando a vida como ator de teatro, passando o tempo com sua filha Lizzy, e se relacionando com uma mulher casada. Ele não começa a se perguntar sobre suas origens. Até que um estranho em uma ponte sussurra uma única palavra em seu ouvido, e, a partir daí, nada mais será como antes. O título do filme pode se referir ao número dado ao protagonista no grupo de crianças rejeitadas do qual ele fazia parte, ou talvez ao fato de que este é o 10º filme do cineasta holandês Alex van Warmerdam.

– “Irmãs Gêmeas”, indicado ao Oscar 2004 de Melhor Filme Estrangeiro, teve roteiro baseado no best-seller holandês de Tessa de Loo, lido por mais de 3,5 milhões de pessoas na Holanda e na Alemanha. As gêmeas do título são Lotte e Anna, que ficam órfãs aos seis anos de idade. Uma é enviada para viver uma vida de privilégios com parentes ricos na Holanda, enquanto a outra fica na Alemanha para enfrentar uma dura existência na fazenda de seu tio. Quando elas se reconectam anos depois, descobrem não apenas que suas vidas tomaram rumos drasticamente diferentes, mas também que, após a invasão da Holanda pela Alemanha, elas se apegaram a lados opostos da guerra. A atriz Thekla Reuten inicialmente mostrou interesse em interpretar Anna, mas o diretor Ben Sombogaart achou que ela seria mais adequada para interpretar Lotte.

– O documentário “Apenas o Melhor para o Nosso Filho” acompanha a comovente história de Kees, um autista de 46 anos, que vem dando não só problemas, mas também muito amor e afeto aos seus pais ao longo de toda a sua vida. O protagonista Kees Momma, atualmente com 56 anos, já escreveu dois livros sobre seu autismo. Ele é o caçula de uma família de três filhos, e sua mãe percebeu que ele tinha um transtorno autista enquanto assistia a um programa de TV sobre o assunto, o que posteriormente foi confirmado pelos médicos. Antes de realizar este filme, a diretora Monique Nolte fez o documentário “Trainman” (1997), também sobre a vida de Kees Momma com a família, e ela ainda planeja fazer um terceiro documentário sobre ele, com foco nos seus passos rumo à vida independente.

– “Prince”, primeiro longa-metragem dirigido por Sam de Jong, vencedor do prêmio Urso de Cristal (Geração 14+) de Melhor Filme no Festival de Berlim 2015, conta a história de um adolescente problemático que tenta conquistar o amor de sua vida tornando-se o garoto mais malvado do quarteirão. Sam de Jog começou como diretor de documentários até decidir realizar filmes ficcionais. Ao decidir ser cineasta, ele passou a se interessar por antigos documentaristas holandeses, com obras produzidas desde 1910.

– “Me Leve para Algum Lugar Legal”, primeiro longa-metragem dirigido por Ena Sendijarević, vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema de Roterdã, tem como protagonista uma menina holandesa de ascendência bósnia, que viaja para visitar seu pai doente, na Bósnia. Esta será a primeira vez que eles vão se ver. Selecionado pela Holanda para representar o país no Oscar 2020 de Melhor Filme Estrangeiro. A trilha musical inclui a canção “Kool Thing”, da banda Sonic Youth.

– “Eu Não Quero Dançar”, primeiro longa-metragem dirigido por Flynn Von Kleist, é baseado nas experiências da vida real do ator principal Yfendo van Praag. O filme gira em torno de Joey, um adolescente aspirante a dançarino, que se vê dividido entre sua mãe cada vez mais destrutiva e sua própria felicidade. O diretor já havia realizado um curta-metragem, “Ninho de Corvo” (2018), também protagonizado por Yfendo van Praag, sobre a conturbada relação dele com sua mãe. O diretor Flynn Von Kleist nasceu em Amsterdã em 1987, mudou-se com a família para a Irlanda, em 1997, onde estudou na National Film School (Dublin), e se formou com especialização em direção e edição. Ao voltar para Amsterdã, em 2009, estudou na National Film Academy, onde se formou como diretor de cinema ficcional.

Serviço:

Volta ao mundo: Holanda

Data: 14 a 27 de abril de 2022

Onde: www.belasartesalacarte.com.br

Disponível para assinantes: R$ 9,90 | Valor assinatura anual: R$ 108,90

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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