Na última sexta-feira (18/10), ocorreu o II Fórum Africanidades: Interseccionalidade, no Instituto Moreira Salles (IMS), localizado na Gávea (RJ). A saber, o evento foi promovido pela área de educação do IMS Rio visando aprofundar a discussão sobre racismo no Brasil e seus impactos nas artes visuais e instituições educacionais.
As convidadas para falar no Fórum foram Ana Carolina Lourenço, museóloga pela Unirio com mestrado em Ciências Sociais (UERJ); Ynaê Lopes dos Santos, professora de História da América da Universidade Federal Fluminense (UFF). Bacharel, mestre e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USO) e Flávia Oliveira, Jornalista formada na Universidade Federal Fluminense (UFF) e técnica em estatística pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) com 27 anos de experiência em jornalismo diário, em especial na cobertura de economia, indicadores sociais, empreendedorismo, desigualdades de gênero e raça, segurança pública. Aliás, a mediação foi de Rafael Braga Lino.
Brasil
Frases como: “O Brasil é assentado no útero de mulheres negras que se perpetuaram” ressoaram em reflexão para os presentes. Flávia Oliveira fez questão de falar sobre o léxico, ou seja, precisamos reinventar o vocabulário. A saber, hoje, por exemplo, “direitos humanos” é um termo execrado por alguns setores da sociedade. Como abordar isso?
Desde 2003, existe no Brasil a lei 10.639, a qual torna obrigatório conteúdos de História e Culturas Afro-brasileiras e Africana em todos os níveis de ensino do país. Contudo, será que na prática isso acontece?
Além disso, na entrada do evento, conversei com Renata Martinez (@renatamartinez_transformacao), psicopedagoga focada no fortalecimento do feminino.
“Um momento que a gente pode construir e reconstruir saberes, para que a gente tenha uma construção nova de pensamentos, integridade, anti-racismo. E fazer com que todos nós negros possamos lutar por um movimento de igualdade. É de extrema importância unir saberes, unir várias pessoas com intuito de conhecimento e também de que possamos integrar os movimentos de hoje em dia com o de nossos ancestrais. Uma das formas de combater o racismo é a cultura, as pessoas tem que entender e compreender que todos somos seres humanos independente da quantidade de melanina e do tom da pele”, declarou Renata.
Inclusive, o evento ainda contou com o Slam das Mina (@slamdasminarj) com apresentações de Valentine Pimenta, Letícia Brito, Mototai, MC Dall Farra, Andrea Bak e Genesis, junto com a DJ Bieta.