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Cultura

Ana Catão | “Nossa missão é trazer essa história que foi varrida para debaixo do tapete”

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Aninha Catão e o teatro. Cosmogonia Africana - A Visão de Mundo do Povo Iorubá.

Cosmogonia Africana – Visão de Mundo do Povo Iorubá é um espetáculo teatral de dança focado na mitologia negra. A ideia e concepção é de Ana Catão, pesquisadora, bailarina, professora e coreógrafa na área de danças afro-brasileiras. Após assistir uma palestra de Marcelo Monteiro sobre Cosmogonia Africana, apaixonou-se e resolveu fazer um espetáculo em cima daquilo que viu e ouviu. Começou a estudar mais a fundo o universo Iorubá e pesquisar. Começou com essa ideia em 2014, contudo, somente em 2017 o projeto conseguiu ser contemplado em um edital e finalmente pôde começar a virar realidade. Procurou transformar a dança de cunho religioso em um formato contemporâneo, de maneira que contasse uma história. Além disso, o inesperado, Aninha descobriu que estava grávida na mesma época que ganhou o apoio para o projeto.

Luta

A luta para valorizar a cultura negra e contra a discriminação racial é a missão do espetáculo. Aninha Catão fala também sobre o teatro resistindo e mostrando a força negra.

Existe também a “Oficina de Dança Afro-Brasileira com Ana Catão”, um projeto que busca trabalhar a dinâmica dos movimentos corporais, através da gestualidade trazida pela dança afro. Ainda por cima visa conscientizar a respeito da importância da representação da cultura negra, oriunda dos povos africanos, para a formação da identidade brasileira.

A oficina tem como abordagem principal a dança contemporânea inspirada nos Orixás do candomblé, respeitando a relação do Brasil com as divindades africanas através de suas histórias e mitos. Aliás, procura dialogar com outras danças afro-brasileiras nas suas movimentações e gestos. Afinal, essa é a base do que acontece no espetáculo Cosmogonia Africana – Visão de Mundo do Povo Iorubá que conta com elenco e equipe de produção quase 100% negra.

Inclusive, veja mais:

Negra Jaque | “Rap é mão preta de interferência na sociedade”
Marcelo Monteiro | “Cosmogonia resgata e desperta a consciência do povo negro”
Josafá Neves apresenta exposição gratuita com ícones da cultura afro-brasileira
Créditos do Podcast:

Apresentação e roteiro: Alvaro Tallarico /// Edição: Rico Moraes /// Música de abertura e fechamento: 2 na praça – Da Praça 

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Crítica

Crítica: O Cachorro que se Recusou a Morrer

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Cena da A peça O cachorro que se recusou a morrer

“O Cachorro que se Recusou a Morrer” tem criação, texto e atuação de Samir Murad, e bebe em suas experiências de vida. A cenografia de José Dias constrói um ambiente que é mais do que um mero cenário; é um componente narrativo, imergindo o público nos diversos tempos e espaços que compõem a história. Isso em conjunto com o eficiente videocenário concebido por Mayara Ferreira.

A princípio, num drama autoficcional, Samir Murad, descendente de imigrantes libaneses, entrelaça sua memória afetiva em uma narrativa. Êxodo, matrimônio por encomenda, confrontos culturais e saúde mental compõem os temas que o ator carrega em sua bagagem.

Uma das maiores virtudes do espetáculo é a riqueza da cultura árabe familiar que permeia a obra. Aparece, por exemplo, em projeções fotográficas, e na boa trilha sonora, fruto da colaboração entre André Poyart e o próprio Samir Murad, que enriquece a experiência sensorial do espectador.

Segunda metade de “O Cachorro que se Recusou a Morrer” desperta

Entretanto, a peça demora a engrenar. A primeira metade é lenta, não cativa, falta uma maior dinamicidade, e, talvez, ficar mais enxuta. Isso não acontece na segunda parte, que é muito mais fluida e desperta os espectadores.

Por outro lado, Samir é um showman. É como um Chaplin de descendência árabe buscando suas raízes. A entrega dele no palco tem uma força emocional deveras potente. Dessa forma, para aqueles que gostam e desejam saber mais sobre a cultura árabe, pode valer testemunhar essa obra no Centro Cultural Justiça Federal, até o dia 17 de dezembro, sempre aos domingos às 16h.

Serviço

Local: Centro Cultural Justiça Federal

Endereço: Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro.

Próximo a Estação Cinelândia do Metrô Rio.

Informações: 21 3261-2550

Temporada: 19 de novembro a 17 de dezembro, aos domingos, às 16h.

Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)

Vendas na bilheteria do Teatro ou antecipadas pelo site Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ocachorro

Capacidade de público: 141 pessoas

Classificação: 10 anos

Duração: 75 minutos

Drama bem humorado

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