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Cultura

A fotografia e a arte de narrar uma história

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Fotografia e a arte de narrar histórias

Nosso quotidiano é feito de imagens. Muitas são fotografias e uma parte delas tem funções e utilidades. Há fotos que são simples registros visando ilustrar locais, eventos e notícias, ou seja, representar o quotidiano. Dentro dessa categoria, temos as fotos publicitárias, cujo objetivo, altamente sutil, é gerar o desejo de possuir. Por outro lado, há imagens que mexem com nosso emocional, às vezes, sem que saibamos porque.

Um exemplo são fotos que trazem de volta momentos especiais: recordações com a família, paisagens que gostaríamos de revisitar, amigos que nos são caros. Observamos também nessa categoria fotos que seduzem e que suscitam um desejo premente de possuí-las. São obras artísticas que não têm utilidade em si. Elas existem para deleitar os olhos e alimentar o espírito, a alma.

Logo, as fotografias podem ser utilitárias ou constituir um precioso tesouro. Qualquer que seja o tipo de imagem fotográfica, tesouro ou utilidade, ela pode, de forma inesperada, às vezes, comunicar com nosso interior e ser uma chave para elucidar quem somos, afirmar nossa identidade, compreender quem são os outros e qual é nossa relação com eles.

Fotografia: a imagem

E quanto ao fotógrafo/a? Quer queiram, quer não, as pessoas que registram uma imagem fotográfica falam de si, se expõem, comunicam, compartilham crenças, ideias, conceitos. Essa comunicação pode ser imediatamente clara, mas também pode ser obscura e intricada.

Fotografia de Ricardo Esteves

foto de Ricardo Esteves

Se observarmos a imagem para além do estático, levando em consideração, em vez do objeto da imagem, o sujeito da imagem – o fotógrafo – verificamos que ela narra uma história. Contar histórias é uma arte. Contar histórias através da fotografia é uma arte em si, que evolui com o tempo, com a prática, com o autoconhecimento, com a troca com outros. O impacto da narrativa visual vai depender da época, da cultura e do público, mas o artista produz para si, comunica o que tem dentro de si. A menos que haja uma demanda específica de um cliente e nesse momento ele deve jogar com a expectativa de seu cliente e a inspiração que brota naturalmente.

O artista-fotógrafo evolui dentro um contexto. É esse contexto que ele deseja expressar, é o seu entorno que o inspira. E é o seu olhar artístico, virgem ou experiente, que transformará a realidade em arte.

O público

E quanto ao público ? Ele recebe essa narrativa pronta, mas ela não para por aí. O espectador vai, quanto a ele, desenvolvê-la, contar sua própria história a partir daquela que foi apresentada pelo artista. A partir desse momento, a história, a fotografia, a arte, transcende o artista, ela não mais lhe pertence, mas sim a cada pessoa que a interioriza.

Na foto que acompanha essas reflexões, uma história foi contada. Nesse momento, nem eu sabia qual era. Só algum tempo mais tarde me dei conta do que meu inconsciente desejava expressar. Cada pessoa que parar para descobrir essa imagem, admirando-a ou não, será impactado por ela, muito, um pouco, mas inexoravelmente. Essa é a beleza da arte, essa é a beleza da narrativa de uma foto, ela vai mudando de mãos, sendo eternamente recriada.

Fotografia e a arte de narrar histórias

Foto por Ricardo Esteves

Essa foto agora lhe pertence, que narrativa ela lhe inspira?

Ricardo Esteves é fotógrafo artístico, curador e mentor, franco-brasileiro baseado em Paris.

Veja mais fotos dele no instagram: @ricardoestevesbr

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Cultura

Feira Carioquíssima realiza duas edições na Urca em junho com muito forró

Evento chega ao bairro nos dias 10 e 11 na Praia Vermelha e de 23 a 25 no Parque Bondinho do Morro da Urca

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Festival Joia Rara tem sexta edição Feira Carioquíssima

Depois de uma edição na Praça Paris no final de maio, a Carioquíssima na Roça volta para a Urca onde realiza duas edições em junho. No próximo final de semana, dias 10 e 11/06 (sábado e domingo), a feira vai para a Praia Vermelha, na Praça General Tibúrcio.

Além das oficinas e atrações infantis, como brincadeiras de argola, peixaria e boca do palhaço , haverá muita comida nordestina e típica de festa junina. Serão caldos, quentão e todos os doces e petiscos clássicos desta época.

Muita música e forró

Entre 14h e 19h entram em cena DJs de forró, música nordestina e MPB: no sábado DJ Taroba e no domingo DJ Xeleléu. Às 18h, a música ao vivo toma conta da praça com Mimoso, no sábado, e Forró da Josi no domingo.

Nos dias 23, 24 e 25/06 (sexta a domingo), a Carioquíssima na Roça sobe novamente o Morro da Urca, um dos mais belos e concorridos cartões-postais da cidade.

A saber, os DJs animam o evento de 10h às 17h: Xeleléu (sexta), Taroba (sábado) e Sérgio Feijó (domingo). Em seguida, a música ao vivo, às 15h, contará com as apresentações de Moyseis Marques (sexta), Estopim (sábado) e Conterrâneos (domingo).

Serviço:

Carioquíssima na Roça
Edições juninas na Urca/RJ

Praça General Tibúrcio – Praia Vermelha
10 e 11/06 (sábado e domingo)
14h às 22h – Entrada gratuita

Parque Bondinho – Morro da Urca
23, 24 e 25/06 (sexta a domingo)
9h às 19h – Entrada R$80 (nascidos e moradores de todo o Estado do Rio) e R$160.
https://bondinho.com.br/

Informações: producao@carioquissima.com.br
whatsapp 21 98643-5039

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