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Crônica | Araquém Alcântara e a poesia em imagens

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Araquém Alcântara

Era um dia na casa de uma amiga, uma artista multifacetada, fã de fotografia, quando encontrei em sua estante, um livro. “Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira – Araquém Alcântara” era o título da obra. Primeira edição de julho de 2013. Li a introdução e fui ficando embasbacado a medida em que virava as páginas.

Essa coleção foi criada em 2013 com o objetivo de homenagear a produção nacional de fotografia em livros de qualidade e preço acessível. Eu não conhecia. Então fui pesquisar e descobri que Araquém Alcântara, Nelson Kon e Cristiano Mascaro e Thomaz Farkas compõem os 4 primeiros volumes.

Apaixonei nas fotos em preto e branco de Araquém. Já havia ouvido falar e visto algumas de suas obras pela via e internet, mas ver nesse livro uma sequência de imagens, de indígenas, vaqueiros, animais, paisagens, passando por todo o Brasil, em cenas extremamente poéticas, foi inspirador.

Araquém Alcântara, atualmente com 62 anos, é considerado um dos precursores da fotografia de natureza no Brasil e um dos mais importantes fotógrafos do país. Desde o ano de 1970, seu foco é na Documentação da Natureza e do povo brasileiro. Ele ganhou diversos prêmios com sua arte ao redor do mundo.

Afinal, o fotógrafo me deixou apaixonado nesse livro, com seu olhar afinado e capacidade de utilizar a luz com tamanha eficácia artística que só me restou ficar apreciando e louvando sua arte. De tanta poesia em imagens fiquei até com vontade de escrever poesias, ou, no mínimo, uma crônica.

Uma das graças das artes é provocar nossos sentidos e plantar sementes para novas criações, como uma bola de neve que começa mínima e vai crescendo, unindo pedaços e mais pedaços.

Ficha Técnica

Volume inaugural: Araquém Alcântara
Realização: Ipsis Gráfica e Editora
Curadoria: Eder Chiodetto
Projeto Gráfico: Fernando Moser
Formato: 144×166 / 220 páginas / capa dura
Impressão no processo Ipsis FullBlack®

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Crítica

Crítica: O Cachorro que se Recusou a Morrer

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Cena da A peça O cachorro que se recusou a morrer

“O Cachorro que se Recusou a Morrer” tem criação, texto e atuação de Samir Murad, e bebe em suas experiências de vida. A cenografia de José Dias constrói um ambiente que é mais do que um mero cenário; é um componente narrativo, imergindo o público nos diversos tempos e espaços que compõem a história. Isso em conjunto com o eficiente videocenário concebido por Mayara Ferreira.

A princípio, num drama autoficcional, Samir Murad, descendente de imigrantes libaneses, entrelaça sua memória afetiva em uma narrativa. Êxodo, matrimônio por encomenda, confrontos culturais e saúde mental compõem os temas que o ator carrega em sua bagagem.

Uma das maiores virtudes do espetáculo é a riqueza da cultura árabe familiar que permeia a obra. Aparece, por exemplo, em projeções fotográficas, e na boa trilha sonora, fruto da colaboração entre André Poyart e o próprio Samir Murad, que enriquece a experiência sensorial do espectador.

Segunda metade de “O Cachorro que se Recusou a Morrer” desperta

Entretanto, a peça demora a engrenar. A primeira metade é lenta, não cativa, falta uma maior dinamicidade, e, talvez, ficar mais enxuta. Isso não acontece na segunda parte, que é muito mais fluida e desperta os espectadores.

Por outro lado, Samir é um showman. É como um Chaplin de descendência árabe buscando suas raízes. A entrega dele no palco tem uma força emocional deveras potente. Dessa forma, para aqueles que gostam e desejam saber mais sobre a cultura árabe, pode valer testemunhar essa obra no Centro Cultural Justiça Federal, até o dia 17 de dezembro, sempre aos domingos às 16h.

Serviço

Local: Centro Cultural Justiça Federal

Endereço: Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro.

Próximo a Estação Cinelândia do Metrô Rio.

Informações: 21 3261-2550

Temporada: 19 de novembro a 17 de dezembro, aos domingos, às 16h.

Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)

Vendas na bilheteria do Teatro ou antecipadas pelo site Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ocachorro

Capacidade de público: 141 pessoas

Classificação: 10 anos

Duração: 75 minutos

Drama bem humorado

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